Mundo

Coreia do Norte condena americano a trabalhos forçados

Kenneth Bae foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados pela Suprema Corte após cometer "crimes contra a República Popular Democrática de Coreia"

Imagen de vídeo divulgado em Seul pela agência de notícias Yonhap mostra o cidadão dos Estados Unidos Kenneth Bae, condenado pela Coreia do Norte a 15 anos de trabalhos forçados  (REUTERS / Yonhap)

Imagen de vídeo divulgado em Seul pela agência de notícias Yonhap mostra o cidadão dos Estados Unidos Kenneth Bae, condenado pela Coreia do Norte a 15 anos de trabalhos forçados (REUTERS / Yonhap)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2013 às 06h27.

Seul - As autoridades da Coreia do Norte condenaram um cidadão americano - também com nacionalidade sul-coreana - a 15 anos de trabalhos forçados por crimes não especificados contra o país, informou nesta quinta-feira a agência local KCNA.

O regime anunciara no último fim de semana que Pae Jun-ho, identificado também como Kenneth Bae, enfrentaria um processo na Suprema Corte depois de admitir ter cometido um delito com o objetivo de "derrubar" o país comunista, segundo a versão de Pyongyang.

O americano foi detido em 3 de novembro, após entrar na cidade de Rason, no nordeste da Coreia do Norte, junto com outros cinco turistas, e revelarem-se provas de que ele teria praticado um delito, de acordo com o regime.

Segundo explica a agência norte-coreana em um breve comunicado, na última terça-feira, Pae foi julgado e condenado pela Suprema Corte após cometer "crimes contra a República Popular Democrática de Coreia (nome oficial da Coreia do Norte)". No entanto, a "KCNA" não dá nenhum detalhe sobre o suposto delito.

A notícia foi divulgada horas depois de diversos veículos da imprensa terem adiantado a possibilidade de o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter viajar em breve à Coreia do Norte como parte dos esforços para tentar libertar Pae e acalmar a tensão com Pyongyang.


Em 2010, Carter já participou das negociações para libertar Aijalon Mahli Gomes, um americano que fora multado em US$ 600 mil e condenado a oito anos de trabalhos forçados por entrar ilegalmente na Coreia do Norte.

Nos últimos anos, o regime de Kim Jong-un deteve vários cidadãos americanos, que em todos os casos foram libertados após longas negociações.

Em agosto de 2009, após uma gestão do ex-presidente americano Bill Clinton, Pyongyang libertou duas jornalistas americanas detidas por entrada ilegal e condenadas a 12 anos de trabalhos forçados.

Em maio de 2011, Pyongyang libertou Eddie Jun Young-su, americano de origem coreana, que fora detido em novembro do ano anterior sob a acusação de proselitismo.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCoreia do NorteEstados Unidos (EUA)JustiçaPaíses ricos

Mais de Mundo

Corte Constitucional de Moçambique confirma vitória do partido governista nas eleições

Terremoto de magnitude 6,1 sacode leste de Cuba

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA