Coreia do Norte cancela visita de representante americano
Coreia do Norte cancelou a visita do representante dos Estados Unidos para discutir o futuro do missionário cristão Kenneth Bae, detido desde 2012
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 08h36.
Washington - A Coreia do Norte cancelou a visita do representante dos Estados Unidos para discutir o futuro do missionário cristão Kenneth Bae, detido no país asiático desde 2012.
De acordo com Washington, Pyongyang não apresentou justificativa para suspender o convive ao embaixador Robert King.
Mas a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki, ressaltou que a Coreia do Norte havia prometido ano passado que não utilizaria a situação do missionário cristão detido como moeda de troca política.
Bae, um cidadão com dupla cidadania, coreana e americana, descrito pela Coreia do Norte como um militante cristão evangelista, foi detido em novembro de 2012 e condenado a 15 anos de trabalhos forçados sob acusações de tentativa de derrubar o governo e de incitar os norte-coreanos a "cometer atos hostis para acabar com o governo, por meio de uma campanha de difamação".
Autoridades americanas afirmaram que o governo norte-coreano levou Bae de um hospital para um campo de trabalho e destacaram uma "profunda preocupação" com a saúde do missionário de 45 anos.
"Estamos profundamente decepcionados com a decisão da RPDC - pela segunda vez - de rescindir o convite ao embaixador King para viajar a Pyongyang para discutir a libertação de Kenneth Bae", afirmou Psaki, que utilizou a sigla formal da Coreia do Norte (República Popular Democrática da Coreia).
O governo americano pede uma anistia e a libertação imediata de Bae como um gesto humanitário.
O embaixador Robert King é, desde 2009, o enviado especial dos Estados Unidos para os direitos humanos na Coreia do Norte.
Exercícios de defesa
Ao mesmo tempo, Coreia do Sul e Estados Unidos anunciaram que iniciarão exercícios militares conjuntos em 24 de fevereiro, mas Psaki insistiu que a medida não é uma tentativa de pressionar Pyongyang a libertar Bae.
"Recordamos a RPDC que os exercícios militares EUA-RC são transparentes, programados de forma regular e orientados à defesa", afirmou.
"Os exercícios não estão de nenhuma forma vinculados ao caso de Bae", enfatizou.
Washington e Pyongyang não mantêm relações diplomáticas.
A porta-voz também citou a iniciativa do reverendo Jesse Jackson, um pastor batista e ativista dos direitos humanos, de pedir para viajar a Pyongyang.
"A pedido da família Bae, o reverendo Jackson se ofereceu a viajar a Pyongyang em uma missão humanitária centrada na libertação de Bae", afirmou.
Bae, também conhecido como Pae Jun-Ho, foi detido ao entrar no país pela cidade portuária de Rason com visto de turista e começou a cumprir a condenação na prisão em maio de 2013.
Mas em agosto teve que ser hospitalizado, depois de perder mais de 23 quilos e de ter problemas no fígado e nos rins.
Washington - A Coreia do Norte cancelou a visita do representante dos Estados Unidos para discutir o futuro do missionário cristão Kenneth Bae, detido no país asiático desde 2012.
De acordo com Washington, Pyongyang não apresentou justificativa para suspender o convive ao embaixador Robert King.
Mas a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki, ressaltou que a Coreia do Norte havia prometido ano passado que não utilizaria a situação do missionário cristão detido como moeda de troca política.
Bae, um cidadão com dupla cidadania, coreana e americana, descrito pela Coreia do Norte como um militante cristão evangelista, foi detido em novembro de 2012 e condenado a 15 anos de trabalhos forçados sob acusações de tentativa de derrubar o governo e de incitar os norte-coreanos a "cometer atos hostis para acabar com o governo, por meio de uma campanha de difamação".
Autoridades americanas afirmaram que o governo norte-coreano levou Bae de um hospital para um campo de trabalho e destacaram uma "profunda preocupação" com a saúde do missionário de 45 anos.
"Estamos profundamente decepcionados com a decisão da RPDC - pela segunda vez - de rescindir o convite ao embaixador King para viajar a Pyongyang para discutir a libertação de Kenneth Bae", afirmou Psaki, que utilizou a sigla formal da Coreia do Norte (República Popular Democrática da Coreia).
O governo americano pede uma anistia e a libertação imediata de Bae como um gesto humanitário.
O embaixador Robert King é, desde 2009, o enviado especial dos Estados Unidos para os direitos humanos na Coreia do Norte.
Exercícios de defesa
Ao mesmo tempo, Coreia do Sul e Estados Unidos anunciaram que iniciarão exercícios militares conjuntos em 24 de fevereiro, mas Psaki insistiu que a medida não é uma tentativa de pressionar Pyongyang a libertar Bae.
"Recordamos a RPDC que os exercícios militares EUA-RC são transparentes, programados de forma regular e orientados à defesa", afirmou.
"Os exercícios não estão de nenhuma forma vinculados ao caso de Bae", enfatizou.
Washington e Pyongyang não mantêm relações diplomáticas.
A porta-voz também citou a iniciativa do reverendo Jesse Jackson, um pastor batista e ativista dos direitos humanos, de pedir para viajar a Pyongyang.
"A pedido da família Bae, o reverendo Jackson se ofereceu a viajar a Pyongyang em uma missão humanitária centrada na libertação de Bae", afirmou.
Bae, também conhecido como Pae Jun-Ho, foi detido ao entrar no país pela cidade portuária de Rason com visto de turista e começou a cumprir a condenação na prisão em maio de 2013.
Mas em agosto teve que ser hospitalizado, depois de perder mais de 23 quilos e de ter problemas no fígado e nos rins.