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"Contrato eliminará desigualdades", prevê secretário da ONU

Carlos Lopes salientou que um dos objetivos do novo contrato social que deverá guiar as políticas globais, a partir da conferência, é eliminar as desigualdades

Painel de boas-vindas à Rio 20: para secretário-adjunto da ONU, muitas das ideias que passaram pelo percurso do sistema multilateral levam tempo para ser cristalizadas (Christophe Simon/AFP)
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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2012 às 16h40.

Rio de Janeiro - Carlos Lopes, secretário-geral adjunto da ONU e diretor executivo do Unitar – Instituto para Treinamento e Pesquisa da mesma instituição foi mentor e participou do evento “Um Novo Contrato Social para o Século XXI”, promovido pelo Instituto Ethos e pelo Unitar, no sábado (23), para discutir – um dia após o término oficial da Rio+20 – a contribuição da conferência para a construção de um novo contrato social (Veja outros links no final deste post).

Ele salientou que um dos objetivos do novo contrato social que deverá guiar as políticas globais, a partir da conferência, é eliminar as desigualdades. “O filósofo Jean-Jacques Rousseau dizia que a sociedade da sua época se deixava tentar pela luxúria e gerava desigualdade. Ele achava que isso era uma decadência, que afetava a relação do homem com a natureza, e convidada a todos para fazer a reconexão. Hoje, ainda, vivemos em um mundo em que o maior problema é a desigualdade”.

Lopes ainda afirmou que as conversas multilaterais que ocorrem durante a Rio+20 contribuíram para reduzir esse problema, mas deixa claro que as negociações demoram para ser colocadas em prática: “Muitas das grandes ideias que passaram pelo percurso do sistema multilateral levaram tempo para ser cristalizadas. Eis alguns exemplos: a Declaração Universal dos Direitos Humanos é debatida até hoje e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio passaram por sete anos de negociações até que fossem adotados. Portanto, não é de se admirar que com o desenvolvimento sustentável aconteça a mesma coisa e é nessa perspectiva que a Rio+20 tem que ser vista”.

O executivo ainda ressaltou que o novo contrato social precisará da participação da sociedade civil e das empresas. “Cada vez mais há formas de se demonstrar que os governos não podem decidir sozinhos. O novo contrato deve encontrar métodos para permitir que seja feito com muitos novos atores de forma organizada. Nossa parte é fazer como fez Rousseau, que não pensava que as mudanças aconteceriam no dia seguinte, mas tinha consciência de que essas ideias iriam prevalecer”.

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Rio de Janeiro - Carlos Lopes, secretário-geral adjunto da ONU e diretor executivo do Unitar – Instituto para Treinamento e Pesquisa da mesma instituição foi mentor e participou do evento “Um Novo Contrato Social para o Século XXI”, promovido pelo Instituto Ethos e pelo Unitar, no sábado (23), para discutir – um dia após o término oficial da Rio+20 – a contribuição da conferência para a construção de um novo contrato social (Veja outros links no final deste post).

Ele salientou que um dos objetivos do novo contrato social que deverá guiar as políticas globais, a partir da conferência, é eliminar as desigualdades. “O filósofo Jean-Jacques Rousseau dizia que a sociedade da sua época se deixava tentar pela luxúria e gerava desigualdade. Ele achava que isso era uma decadência, que afetava a relação do homem com a natureza, e convidada a todos para fazer a reconexão. Hoje, ainda, vivemos em um mundo em que o maior problema é a desigualdade”.

Lopes ainda afirmou que as conversas multilaterais que ocorrem durante a Rio+20 contribuíram para reduzir esse problema, mas deixa claro que as negociações demoram para ser colocadas em prática: “Muitas das grandes ideias que passaram pelo percurso do sistema multilateral levaram tempo para ser cristalizadas. Eis alguns exemplos: a Declaração Universal dos Direitos Humanos é debatida até hoje e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio passaram por sete anos de negociações até que fossem adotados. Portanto, não é de se admirar que com o desenvolvimento sustentável aconteça a mesma coisa e é nessa perspectiva que a Rio+20 tem que ser vista”.

O executivo ainda ressaltou que o novo contrato social precisará da participação da sociedade civil e das empresas. “Cada vez mais há formas de se demonstrar que os governos não podem decidir sozinhos. O novo contrato deve encontrar métodos para permitir que seja feito com muitos novos atores de forma organizada. Nossa parte é fazer como fez Rousseau, que não pensava que as mudanças aconteceriam no dia seguinte, mas tinha consciência de que essas ideias iriam prevalecer”.

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