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Conselho de Ética rejeita processo contra Bolsonaro

Por 10 votos a 7, conselheiros negaram representação feita pelo PSOL

Jair Bolsonaro, do PP, considera que acusações contra ele são "lixo" (Wilson Dias/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2011 às 17h53.

Brasília - O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara rejeitou, por 10 votos a 7, a abertura de processo disciplinar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). O processo foi instaurado há duas semanas. O colegiado derrubou hoje o parecer preliminar de Sérgio Brito (PSC-BA) que defendia a abertura de investigação.

A decisão dos conselheiros foi de que não se poderia aceitar a representação feita pelo PSOL. O partido pediu a abertura de um processo contra Bolsonaro por ele ter discutido com a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) e por ter classificado de "promiscuidade" a possibilidade de um filho seu ter relacionamento com uma mulher negra, em entrevista ao programa CQC, da TV Bandeirantes.

Em seu relatório, Sérgio Brito defendia a abertura de processo para que se investigasse se Bolsonaro cometeu "abuso de prerrogativa parlamentar". Os deputados do Conselho, no entanto, entenderam que não se pode punir um parlamentar com base em suas opiniões.

Bolsonaro participou da reunião. Ele classificou como "lixo" a acusação contra ele. "É revoltante e me dá asco ser representado por questões como essa." O deputado voltou a fazer ataques contra o kit anti-homofobia, que foi preparado pelo Ministério da Educação porém nem chegou a ser distribuído. O parlamentar concluiu sua exposição fazendo novo ataque a homossexuais. "Sou parlamentar com pê maiúsculo e não com agá minúsculo de homossexual."

O líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), rebateu as críticas de Bolsonaro. "Ele tem verdadeira obsessão com homoafetivos", disse. Alencar afirmou que Bolsonaro tem "ódio à diferença". O deputado Jean Willys (PSOL-RJ), homossexual assumido, também discursou. Ele afirmou que a liberdade de expressão não pode ser usada para ferir a dignidade alheia e também atacou Bolsonaro por ele evitar comentar a acusação de racismo devido à entrevista ao CQC. "Sou homossexual com agá maiúsculo de homem, mais homem que o senhor, que fugiu da acusação de racismo porque racismo é crime e se refugiou na homofobia."

O deputado do PP reafirmou que não entendeu a pergunta sobre racismo. Ele destacou que a entrevista foi feita por meio de uma tela de computador. Bolsonaro destacou que a pergunta foi feita por Preta Gil. "Ela é promíscua, foi isso que eu respondi."

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Brasília - O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara rejeitou, por 10 votos a 7, a abertura de processo disciplinar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). O processo foi instaurado há duas semanas. O colegiado derrubou hoje o parecer preliminar de Sérgio Brito (PSC-BA) que defendia a abertura de investigação.

A decisão dos conselheiros foi de que não se poderia aceitar a representação feita pelo PSOL. O partido pediu a abertura de um processo contra Bolsonaro por ele ter discutido com a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) e por ter classificado de "promiscuidade" a possibilidade de um filho seu ter relacionamento com uma mulher negra, em entrevista ao programa CQC, da TV Bandeirantes.

Em seu relatório, Sérgio Brito defendia a abertura de processo para que se investigasse se Bolsonaro cometeu "abuso de prerrogativa parlamentar". Os deputados do Conselho, no entanto, entenderam que não se pode punir um parlamentar com base em suas opiniões.

Bolsonaro participou da reunião. Ele classificou como "lixo" a acusação contra ele. "É revoltante e me dá asco ser representado por questões como essa." O deputado voltou a fazer ataques contra o kit anti-homofobia, que foi preparado pelo Ministério da Educação porém nem chegou a ser distribuído. O parlamentar concluiu sua exposição fazendo novo ataque a homossexuais. "Sou parlamentar com pê maiúsculo e não com agá minúsculo de homossexual."

O líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), rebateu as críticas de Bolsonaro. "Ele tem verdadeira obsessão com homoafetivos", disse. Alencar afirmou que Bolsonaro tem "ódio à diferença". O deputado Jean Willys (PSOL-RJ), homossexual assumido, também discursou. Ele afirmou que a liberdade de expressão não pode ser usada para ferir a dignidade alheia e também atacou Bolsonaro por ele evitar comentar a acusação de racismo devido à entrevista ao CQC. "Sou homossexual com agá maiúsculo de homem, mais homem que o senhor, que fugiu da acusação de racismo porque racismo é crime e se refugiou na homofobia."

O deputado do PP reafirmou que não entendeu a pergunta sobre racismo. Ele destacou que a entrevista foi feita por meio de uma tela de computador. Bolsonaro destacou que a pergunta foi feita por Preta Gil. "Ela é promíscua, foi isso que eu respondi."

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