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Conselho de Ética quer ouvir marido de Jaqueline Roriz

Os dois aparecem juntos em um vídeo gravado em 2006, recebendo um pacote de dinheiro de Durval Barbosa, o delator do mensalão do DEM no Distrito Federal

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2011 às 16h50.

São Paulo - O Conselho de Ética da Câmara aprovou um convite para ouvir Manoel Neto no caso Jaqueline Roriz. Neto é marido de Jaqueline (atualmente deputada federal pelo PMN-DF). Os dois aparecem juntos em um vídeo gravado em 2006, recebendo um pacote de dinheiro de Durval Barbosa, o delator do mensalão do DEM no Distrito Federal (DF).

Na sessão em que foi aprovado o convite a Manoel Neto, foram realizadas ainda as primeiras defesas públicas da parlamentar no Conselho de Ética. Os deputados Mauro Lopes (PMDB-MG) e Wladimir Costa (PMDB-PA) fizeram pronunciamentos questionando a investigação. Mauro Lopes foi o mais enfático na defesa de Jaqueline.

Para ele, o caso deveria ser arquivado pelo fato ter ocorrido em período anterior ao mandato. "Estamos mexendo com coisa que não é da nossa competência. Ela era cidadã comum. Então não é caso de decoro parlamentar. Ela não cometeu esse ato, não nos compete entrar nesse mérito". Wladimir Costa seguiu a mesma linha de raciocínio, levantando dúvidas sobre a possibilidade de o Conselho julgar a colega.

O relator do caso, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), lembrou que o tema será tratado como preliminar em seu relatório. Ele destacou que até agora nenhum caso semelhante chegou a ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Sampaio disse ainda estar levantando informações sobre o assunto.

O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), que é delegado da Polícia Federal, reagiu às declarações dos colegas, lembrando que antecedentes criminais são analisados em relação aos candidatos aprovados em concursos públicos. Wladimir Costa ironizou o colega afirmando que, quando ele voltasse à Polícia Federal, deveria atuar como corregedor porque "tem muito neguinho bronqueado na Polícia Federal".

Verba

A defesa de Wladimir Costa também tratou da acusação de uso irregular de verba indenizatória pela deputada. Ele questionou que, se o Conselho fosse entrar neste mérito, teria de chamar também o deputado Tiririca (PR-SP), que foi flagrado usando recursos da Casa para pagar estada em um resort. Tiririca devolveu o dinheiro gasto após a denúncia.

O convite a Manoel Neto é mais uma tentativa de avançar na investigação do caso Jaqueline Roriz. No vídeo, é o marido da deputada quem esconde o dinheiro na mochila. Na condição de convidado, porém, Manoel Neto não é obrigado a comparecer. O requerimento teve os votos contrários de Wladimir Costa e Mauro Lopes.

Na semana passada, Durval Barbosa recusou o convite para depor na Câmara. Ele disse temer um complô para constrangê-lo e afirmou que o vídeo é "autoexplicativo". O relator do caso, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), afirmou que o depoimento de Durval é detalhado e que sua ausência no Conselho não trará grandes danos à investigação. Mesmo assim, diversos parlamentares reclamaram da ausência e voltaram a questionar o benefício de delação premiada de Durval.

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São Paulo - O Conselho de Ética da Câmara aprovou um convite para ouvir Manoel Neto no caso Jaqueline Roriz. Neto é marido de Jaqueline (atualmente deputada federal pelo PMN-DF). Os dois aparecem juntos em um vídeo gravado em 2006, recebendo um pacote de dinheiro de Durval Barbosa, o delator do mensalão do DEM no Distrito Federal (DF).

Na sessão em que foi aprovado o convite a Manoel Neto, foram realizadas ainda as primeiras defesas públicas da parlamentar no Conselho de Ética. Os deputados Mauro Lopes (PMDB-MG) e Wladimir Costa (PMDB-PA) fizeram pronunciamentos questionando a investigação. Mauro Lopes foi o mais enfático na defesa de Jaqueline.

Para ele, o caso deveria ser arquivado pelo fato ter ocorrido em período anterior ao mandato. "Estamos mexendo com coisa que não é da nossa competência. Ela era cidadã comum. Então não é caso de decoro parlamentar. Ela não cometeu esse ato, não nos compete entrar nesse mérito". Wladimir Costa seguiu a mesma linha de raciocínio, levantando dúvidas sobre a possibilidade de o Conselho julgar a colega.

O relator do caso, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), lembrou que o tema será tratado como preliminar em seu relatório. Ele destacou que até agora nenhum caso semelhante chegou a ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Sampaio disse ainda estar levantando informações sobre o assunto.

O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), que é delegado da Polícia Federal, reagiu às declarações dos colegas, lembrando que antecedentes criminais são analisados em relação aos candidatos aprovados em concursos públicos. Wladimir Costa ironizou o colega afirmando que, quando ele voltasse à Polícia Federal, deveria atuar como corregedor porque "tem muito neguinho bronqueado na Polícia Federal".

Verba

A defesa de Wladimir Costa também tratou da acusação de uso irregular de verba indenizatória pela deputada. Ele questionou que, se o Conselho fosse entrar neste mérito, teria de chamar também o deputado Tiririca (PR-SP), que foi flagrado usando recursos da Casa para pagar estada em um resort. Tiririca devolveu o dinheiro gasto após a denúncia.

O convite a Manoel Neto é mais uma tentativa de avançar na investigação do caso Jaqueline Roriz. No vídeo, é o marido da deputada quem esconde o dinheiro na mochila. Na condição de convidado, porém, Manoel Neto não é obrigado a comparecer. O requerimento teve os votos contrários de Wladimir Costa e Mauro Lopes.

Na semana passada, Durval Barbosa recusou o convite para depor na Câmara. Ele disse temer um complô para constrangê-lo e afirmou que o vídeo é "autoexplicativo". O relator do caso, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), afirmou que o depoimento de Durval é detalhado e que sua ausência no Conselho não trará grandes danos à investigação. Mesmo assim, diversos parlamentares reclamaram da ausência e voltaram a questionar o benefício de delação premiada de Durval.

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