EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.
Em uma radical mudança de estratégia para salvar a General Motors (GM), seu conselho de administração aprovou, nesta sexta-feira (7/7), o início de negociações "em caráter exploratório" para uma eventual parceria com a Nissan e a Renault, ambas presididas pelo executivo brasileiro Carlos Ghosn. A união com essas montadoras foi recomendada aos conselheiros da GM há cerca de uma semana por Kirk Kerkorian, principal acionista da companhia americana.
A autorização para estudar a proposta da Nissan e da Renault é mais um ingrediente para alimentar o embate entre Kerkorian e Rick Wagoner, presidente executivo e do conselho de administração da GM. De acordo com o americano The Wall Street Journal, Kerkorian acredita que o plano de recuperação implementado por Wagoner não é radical o bastante para garantir a sobrevivência da empresa, que vem sofrendo sucessivos prejuízos na América do Norte, por conta da perda de mercado e de pesados encargos previdenciários e trabalhistas.
Na segunda-feira (3/7), os conselhos da Nissan e da Renault aprovaram o início das conversas com a GM. Para Ghosn, principal executivo das duas companhias, uma eventual parceria com a GM seria positiva, pois permitiria racionalizar a produção e cortar custos, por meio da colaboração em engenharia e compartilhamento de plataformas, entre outros. Após o conselho da GM aprovar a proposta, a Renault divulgou uma breve nota em que afirma que, com a decisão dos americanos, "estão reunidas as condições para iniciar o processo de discussão".