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Congresso dos EUA insere controle de armas como pauta obrigatória

ÀS SETE - Embora a questão do controle esteja sob pressão, não há nenhuma garantia que alguma lei seja aprovada nas próximas semanas

Armas: recentemente, o presidente Trump afirmou que era necessário aumentar a efetividade das checagens de antecedentes (Joe Raedle/Getty Images)

Armas: recentemente, o presidente Trump afirmou que era necessário aumentar a efetividade das checagens de antecedentes (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2018 às 06h30.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2018 às 07h10.

Quando legisladores voltarem da semana de recesso a Washington nesta segunda-feira encontrarão pautas familiares sobre a mesa: controle de armas e imigração.

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A primeira discussão, antiga no legislativo, voltou com tudo na última semana, após um tiroteio em uma escola em Parkland, Flórida, onde um homem matou 17 pessoas no dia 14 de fevereiro; a segunda é um problema mais urgente, já que o prazo para resolver o futuro dos imigrantes conhecidos como Dreamers, que vieram para os Estados Unidos ainda crianças, se encerra no dia 5 de março.

Embora a questão do controle esteja recebendo pressão da mídia, da sociedade e até do presidente Donald Trump, não há nenhuma garantia que alguma lei seja aprovada nas próximas semanas.

Principalmente porque muitos legisladores estão a 8 meses das eleições de meio de mandato, que irão levar às urnas um terço do Senado e todos os membros da Câmara.

A Associação Nacional de Rifles (NRA, na sigla em inglês), um dos principais lobistas do país, tem grande influência no Congresso e pouca vontade de ver mudanças acontecerem.

Segundo um levantamento de dados feito pela rede de TV CNN, 307 membros do Congresso já receberam algum dinheiro da NRA em suas campanhas, oito deles receberam mais de 1 milhão de dólares.

Entre republicanos, apenas seis nunca foram financiados pela NRA, que investiu 12 milhões de dólares nas carreiras dos congressistas que estão no poder atualmente.

Recentemente, o presidente Trump afirmou que era necessário aumentar a efetividade das checagens de antecedentes, além de aumentar a idade legal de compra de armas para 21 anos.

Trump também sugeriu dar bônus de salário para professores que estejam aptos a carregar armas nas escolas dos Estados Unidos. Apesar da pressão, as últimas tentativas de verificar antecedentes com mais rigor não deram em nada no Congresso.

Em meio à pauta das armas, restam as esperanças dos Dreamers, cerca de 800.000 imigrantes cuja legalidade nos Estados Unidos dependia de um ato instaurado por Barack Obama e retirado por Trump em setembro passado.

Caso o prazo se encerre, essas pessoas devem perder garantias legais no país. Democratas esperam pressionar republicanos sobre a pauta negociando fundos para a construção do muro com o México, um investimento de 18 bilhões de dólares. No dia 24 de março, os congressistas precisam aprovar a última parte do orçamento para este ano fiscal, que vai até setembro.

É a última chance de negociar as pautas mais urgentes e polêmicas com o governo antes que o Congresso entre de cabeça no tema das eleições.

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