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Condenado a 21 anos de prisão, Breivik não vai recorrer

Atirador reiterou que não achava legítima a sentença e não apelaria porque senão iria legitimar a corte

O ultradireitista Anders Behring Breivik sorri durante julgamento na Noruega: veredicto foi justificado por que ele é um ''fanático extremista'' e não um doente mental (Roald Berit/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2012 às 20h47.

Oslo - O ultradireitista Anders Behring Breivik, que foi condenado nesta sexta-feira a uma pena de 21 anos de prisão por ter sido considerado culpado pelos atentados de Oslo e da ilha de Utoeya, na Noruega , não vai apelar da sentença judicial.

Após ouvir a sentença ditada pela juíza Wenche Elizaneth Arntzen, Breivik provocou os presentes ao pedir desculpas aos militares por não ter executado mais pessoas. Neste momento, seu microfone foi cortado e seu advogado, Gier Lippestad, disse que seu cliente acataria a decisão judicial.

Antes de ser interrompido, no entanto, reiterou que não achava legítima a sentença e não apelaria porque senão iria legitimar a corte.

A Promotoria, que havia pedido auxílio psiquiátrico, entrou com pedido de prazo de 14 dias para reflexão antes de tomar qualquer decisão.

Na leitura da decisão judicial, que teve duração de seis horas, o tribunal justificou o veredicto dizendo que Breivik é um ''fanático extremista'' e não um doente mental, por isso é responsável penalmente.

A sentença estabelece uma pena de custódia que permite ao tribunal prolongar a cada cinco anos a permanência do réu na prisão pela ''crueldade'' dos atentados, nos quais morreram 77 pessoas, e pela necessidade de proteger a sociedade perante a constante ameaça.

O tribunal foi muito crítico com o primeiro relatório psiquiátrico de Breivik, que o diagnosticava como um doente mental, uma opinião que não compartilhada por outros especialistas que o observaram durante meses, nem pelos funcionários do presídio onde estava detido.

Segundo a sentença, sua tendência à ''fantasia'' e à ''excentricidade'' apontam características ''narcisistas e não sociais'', embora isso seja irrelevante na hora de decidir sua responsabilidade penal.

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Após ouvir a sentença ditada pela juíza Wenche Elizaneth Arntzen, Breivik provocou os presentes ao pedir desculpas aos militares por não ter executado mais pessoas. Neste momento, seu microfone foi cortado e seu advogado, Gier Lippestad, disse que seu cliente acataria a decisão judicial.

Antes de ser interrompido, no entanto, reiterou que não achava legítima a sentença e não apelaria porque senão iria legitimar a corte.

A Promotoria, que havia pedido auxílio psiquiátrico, entrou com pedido de prazo de 14 dias para reflexão antes de tomar qualquer decisão.

Na leitura da decisão judicial, que teve duração de seis horas, o tribunal justificou o veredicto dizendo que Breivik é um ''fanático extremista'' e não um doente mental, por isso é responsável penalmente.

A sentença estabelece uma pena de custódia que permite ao tribunal prolongar a cada cinco anos a permanência do réu na prisão pela ''crueldade'' dos atentados, nos quais morreram 77 pessoas, e pela necessidade de proteger a sociedade perante a constante ameaça.

O tribunal foi muito crítico com o primeiro relatório psiquiátrico de Breivik, que o diagnosticava como um doente mental, uma opinião que não compartilhada por outros especialistas que o observaram durante meses, nem pelos funcionários do presídio onde estava detido.

Segundo a sentença, sua tendência à ''fantasia'' e à ''excentricidade'' apontam características ''narcisistas e não sociais'', embora isso seja irrelevante na hora de decidir sua responsabilidade penal.

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