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Começa reunião que decidirá se OEA apoia Equador

Secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza disse que o debate não deveria ser concentrado no direito do asilo, mas na ''inviolabilidade dos locais diplomáticos''

José Miguel Insulza: ''É necessário entendermos as consequências sobre a possibilidade de um país membro se encontrar nessa situação'' (Johan Ordonez/AFP)
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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2012 às 18h52.

Washington - O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) iniciou nesta sexta-feira uma reunião que decidirá se o órgão convoca ou não uma reunião de chanceleres da América para tratar da crise entre Equador e Reino Unido por conta do asilo concedido pelo país americano ao fundador do site Wikileaks, Julian Assange.

O australiano, que seria extraditado para a Suécia, se refugiou na embaixada do Equador em Londres e pediu asilo ao país latino-americano alegando estar sendo vítima de perseguições políticas.

O Equador então concedeu o pedido ao fundador do Wikileaks, que só pode deixar a embaixada do país se ganhar um salvo-conduto do governo britânico. Diante do impasse, o Reino Unido ameaçou invadir a embaixada equatoriana em Londres para extraditar o réu.

No início da sessão extraordinária desta sexta-feira, o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza disse que o debate não deveria ser concentrado no direito do asilo, mas na ''inviolabilidade dos locais diplomáticos'', e concordou que os chanceleres decidam sobre o assunto, que é de ''interesse comum''.

''É necessário entendermos as consequências sobre a possibilidade de um país membro se encontrar nessa situação. Acho que eles não gostariam que nenhum de nós estivéssemos passando por isso'', disse Insulza.

A proposta de resolução do Equador, que pede a convocação de chanceleres na próxima quinta-feira, dia 23, em Washington, exige que a maioria absoluta vote a favor, ou seja, 18 votos a favor entre os 34 países-membros da OEA com direito de voto.


Na reunião desta quinta, só os Estados Unidos e o Canadá se mostraram contra a proposta do Equador, enquanto Brasil, México, Colômbia, Chile, Peru, Venezuela, Argentina, Uruguai, Paraguai, Costa Rica e Panamá, se mostraram a favor da convocação.

No entanto, a maioria de representantes de países da Comunidade do Caribe (Caricom) não deu opinião, por isso ainda não é possível apontar uma decisão para nenhum lado.

O representante da República Dominicana, Hubert J. Charles, disse, em nome do grupo, que apoia ''uma solução negociada do impasse entre o Reino Unido e Equador'', embora não tenha esclarecido se votará contra ou a favor da proposta.

Já o Panamá, representado por José de Jesus Martínez, se mostrou contra o acordo e considerou ''precipitado'' convocar os chanceleres e propôs ''que o secretário-geral envie delegações para Londres e para Quito para determinar se a OEA como fórum multilateral é um fórum idôneo para tratar de temas como este''.

Por sua vez, os representantes da Argentina, Nicarágua, Bolívia, Uruguai e Venezuela confirmaram apoio à proposta, enquanto Carmem Lomellín, que representa os Estados Unidos, ressaltou a rejeição ao indicar que a medida ''não vai trazer valor algum e será ruim para a fama da instituição internacional''.

A proposta de resolução pede que os chanceleres ''considerem as ameaças feitas pelo Reino Unido contra o Estado equatoriano e seus locais diplomáticos no país europeu''.

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Washington - O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) iniciou nesta sexta-feira uma reunião que decidirá se o órgão convoca ou não uma reunião de chanceleres da América para tratar da crise entre Equador e Reino Unido por conta do asilo concedido pelo país americano ao fundador do site Wikileaks, Julian Assange.

O australiano, que seria extraditado para a Suécia, se refugiou na embaixada do Equador em Londres e pediu asilo ao país latino-americano alegando estar sendo vítima de perseguições políticas.

O Equador então concedeu o pedido ao fundador do Wikileaks, que só pode deixar a embaixada do país se ganhar um salvo-conduto do governo britânico. Diante do impasse, o Reino Unido ameaçou invadir a embaixada equatoriana em Londres para extraditar o réu.

No início da sessão extraordinária desta sexta-feira, o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza disse que o debate não deveria ser concentrado no direito do asilo, mas na ''inviolabilidade dos locais diplomáticos'', e concordou que os chanceleres decidam sobre o assunto, que é de ''interesse comum''.

''É necessário entendermos as consequências sobre a possibilidade de um país membro se encontrar nessa situação. Acho que eles não gostariam que nenhum de nós estivéssemos passando por isso'', disse Insulza.

A proposta de resolução do Equador, que pede a convocação de chanceleres na próxima quinta-feira, dia 23, em Washington, exige que a maioria absoluta vote a favor, ou seja, 18 votos a favor entre os 34 países-membros da OEA com direito de voto.


Na reunião desta quinta, só os Estados Unidos e o Canadá se mostraram contra a proposta do Equador, enquanto Brasil, México, Colômbia, Chile, Peru, Venezuela, Argentina, Uruguai, Paraguai, Costa Rica e Panamá, se mostraram a favor da convocação.

No entanto, a maioria de representantes de países da Comunidade do Caribe (Caricom) não deu opinião, por isso ainda não é possível apontar uma decisão para nenhum lado.

O representante da República Dominicana, Hubert J. Charles, disse, em nome do grupo, que apoia ''uma solução negociada do impasse entre o Reino Unido e Equador'', embora não tenha esclarecido se votará contra ou a favor da proposta.

Já o Panamá, representado por José de Jesus Martínez, se mostrou contra o acordo e considerou ''precipitado'' convocar os chanceleres e propôs ''que o secretário-geral envie delegações para Londres e para Quito para determinar se a OEA como fórum multilateral é um fórum idôneo para tratar de temas como este''.

Por sua vez, os representantes da Argentina, Nicarágua, Bolívia, Uruguai e Venezuela confirmaram apoio à proposta, enquanto Carmem Lomellín, que representa os Estados Unidos, ressaltou a rejeição ao indicar que a medida ''não vai trazer valor algum e será ruim para a fama da instituição internacional''.

A proposta de resolução pede que os chanceleres ''considerem as ameaças feitas pelo Reino Unido contra o Estado equatoriano e seus locais diplomáticos no país europeu''.

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