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Começa na França o julgamento do atentado de Nice em 2016

O ataque faz parte de uma série que atingiram a Europa na última década

França: atentado matou 86 pessoas durante a celebração do feriado nacional (Anadolu Agency/Getty Images)
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AFP

Publicado em 5 de setembro de 2022 às 11h03.

Última atualização em 5 de setembro de 2022 às 11h23.

O julgamento do atentado de Nice, que matou 86 pessoas durante a celebração do feriado nacional na França, começou nesta segunda-feira, 5, em Paris, seis anos depois deste ataque reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) .

"Durante seis anos tivemos tempo para lidar com isso", mas "ainda há uma cicatriz", disse Danielle Lechailler, de 73 anos, pouco antes do início do julgamento, pedindo "justiça" e "sanções".

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Naquela noite, um caminhão atropelou a multidão que assistia à queima de fogos na Promenade des Anglais, nesta cidade turística da Riviera Francesa. Mais de 450 pessoas ficaram feridas.

O ataque faz parte de uma série que atingiram a Europa na última década, quando uma coalizão internacional lutava contra o EI na Síria e no Iraque. Em 13 de novembro de 2015, 130 pessoas morreram em uma série de ataques em Paris e Saint-Denis.

Oito pessoas deverão responder na Justiça pelo ataque de Nice, sete homens e uma mulher, de 27 a 48 anos, na ausência do atacante Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, um tunisiano de 31 anos, que foi morto pela polícia.

O processo acontece na mesma sala onde meses atrás foi julgado o ataque de 13 de novembro de 2015, o pior na capital desde a Segunda Guerra Mundial e também reivindicado pelo EI.

O tribunal então condenou os 20 homens julgados, incluindo Salah Abdeslam, o único membro vivo dos comandos que cometeram o ataque, a entre dois anos de prisão e prisão perpétua incondicional.

No julgamento de Nice, os oito réus — de nacionalidade franco-tunisiana, tunisiana ou albanesa — são acusados de crimes que vão desde o conhecimento das intenções do agressor até ao apoio logístico e o fornecimento de armas.

Apenas um dos suspeitos, Ramzi Kevin Arefa, enfrenta a pena máxima de prisão perpétua se for condenado como reincidente. Os demais estão expostos a penas de cinco a 20 anos de prisão.

O julgamento, marcado até 16 de dezembro, começará com a identificação dos acusados e a constituição final das partes civis. Antes do processo, um total de 865 já o haviam feito.

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