Mundo

Começa Assembleia Geral da OEA em Washington

Questões como a aprovação de uma resolução sobre a Venezuela e a crise na Nicarágua devem ser abordadas durante a assembléia

Assembleia Geral da OEA acontece na sede da Organização em Washington (Mary F. Calvert/Reuters)

Assembleia Geral da OEA acontece na sede da Organização em Washington (Mary F. Calvert/Reuters)

E

EFE

Publicado em 4 de junho de 2018 às 12h31.

Washington - A Organização dos Estados Americanos (OEA) iniciou nesta segunda-feira em Washington a Assembleia Geral, a sua reunião política mais importante do ano, na qual o Grupo de Lima, que reúne 14 países do continente americano, tentará aprovar uma resolução sobre a Venezuela, enquanto outras nações pressionam para que a crise na Nicarágua seja abordada.

O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, fará o discurso inaugural do encontro, que terminará amanhã. O tema da "situação da Venezuela" está na pauta da Assembleia Geral, que deve ser aprovado na primeira plenária por 24 votos, ou seja, dois terços dos 34 países que são membros ativos da OEA (Cuba pertence ao organismo, mas não participa dele desde 1962).

A crise na Nicarágua não está na lista, mas alguns países querem incluir o assunto e os Estados Unidos buscam apoios para aprovar uma resolução que condene o governo de Daniel Ortega e a violência que deixou mais de 100 mortos e cerca de 1.000 feridos.

Sobre a Venezuela, o Grupo de Lima deve apresentar uma resolução para rejeitar as eleições de 20 de maio, quando Nicolás Maduro foi reeleito como presidente, e para condenar outros aspectos do governo, como a negação à ajuda humanitária, disseram à Agência Efe fontes diplomáticas.

A aprovação de uma resolução sobre a Venezuela pode servir para estabelecer o critério de legalidade e legitimidade do continente americano frente ao governo venezuelano e, dependendo do seu alcance, pode levar a mudanças nas relações diplomáticas, imposição de sanções e restrição de vistos.

Os Estados Unidos estão pressionando para conseguir a suspensão da Venezuela da OEA, a maior forma de sanção da organização e que só foi aplicada a duas nações: Honduras, em 2009, depois do golpe de Estado que depôs Manuel Zelaya como presidente; e Cuba após o triunfo da Revolução de Fidel Castro, em 1959. No entanto, para conseguir a suspensão da Venezuela é necessária a convocação de uma assembleia extraordinária, por isso essa ação não poderá ocorrer agora.

Por outro lado, durante o encontro, será votada uma resolução que pede à Argentina e ao Reino Unido a volta das negociações sobre a disputa pela soberania das Ilhas Malvinas (Falkland para os britânicos).

A Assembleia é o órgão supremo da OEA e, entre outros fatores, decide a ação e políticas gerais da organização, determina a estrutura e funções dos seus órgãos e submete a consideração qualquer assunto de especial importância no continente.

Esta é a 11ª vez que a Assembleia Geral da OEA acontece na sede da Organização em Washington.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEstados Unidos (EUA)NicaráguaOEAVenezuelaWashington (DC)

Mais de Mundo

Ocidente busca escalada, diz Lavrov após 1º ataque com mísseis dos EUA na Rússia

Biden se reúne com Lula e promete financiar expansão de fibra óptica no Brasil

Xi Jinping defende ações da china para desenvolvimento sustentável no G20

Xi Jinping defende governança global justa e sustentável no G20