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Começa a ajuda humanitária a cidades sírias à beira da fome

Um comboio humanitário de 44 caminhões partiu de Damasco rumo à cidade rebelde de Madaya, situada 40 km a oeste

Ajuda humanitária: a situação é menos dramática em Fua e em Kafraya porque a aviação do regime lançou ali carregamentos com comida (Ammar Abdullah / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 12h20.

O envio de ajuda humanitária aos habitantes das cidades sírias sitiadas de Madaya, Fua e Kafraya, onde dezenas de pessoas estão à beira da fome , começou nesta segunda-feira, anunciou o porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Um comboio humanitário de 44 caminhões partiu de Damasco rumo à cidade rebelde de Madaya, situada 40 km a oeste, onde cerca de 42.000 pessoas vivem sob o cerco das forças do regime há seis meses.

Pouco antes, 21 caminhões com ajuda humanitária partiram da capital síria para prestar ajuda aos 20.000 habitantes das localidades xiitas de Fua e Kafraya, situadas pelos rebeldes na província de Idleb (noroeste).

Segundo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), 28 pessoas morreram de fome desde 1 de dezembro em Madaya, onde os habitantes descreveram cenas de desespero, com pessoas obrigadas a comer mato ou a pagar preços exorbitantes pela escassa comida que entra na cidade.

Os caminhões enviados pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA), pelo CICV e pelo Crescente Vermelho sírio transportam comida, água, leite para bebês, cobertores, medicamentos e material cirúrgico.

Será a primeira vez em que um comboio humanitário chega às cidades rebeldes de Madaya, Fua e Kafraya desde 18 de outubro.

A ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) afirmou que a situação é menos dramática em Fua e em Kafraya porque a aviação do regime lançou ali carregamentos com comida.

No entanto, os rebeldes não puderam fazer o mesmo em Madaya.

Pedido de ajuda urgente

A MSF registrou no domingo outras cinco mortes por inanição, incluindo a de um menino de nove anos.

"Os médicos da MSF na cidade sitiada (de Madaya) têm 10 pacientes em estado crítico de inanição que precisam de hospitalização urgente", informou a organização.

"Mais de 200 pacientes desnutridos podem estar em estado crítico e precisar de hospitalização na próxima semana se a ajuda não chegar", acrescentou.

Outras 13 pessoas que tentaram escapar em busca de comida morreram ao pisar nas minas que cercam Madaya ou por disparos de francoatiradores, segundo o OSDH, um grupo com sede no Reino Unido que conta com uma extensa rede de colaboradores na Síria.

A ONU e as organizações humanitárias mostraram em diversas ocasiões sua preocupação pelas zonas sitiadas ou difíceis de acesso no país.

Na semana passada, as Nações Unidas afirmaram que apenas 10% da ajuda necessária nestas áreas pôde ser entregue em 2015.

Mais de 260.000 pessoas morreram desde o início do conflito sírio, em março de 2011, quando o governo de Bashar al-Assad reprimiu uma onda de protestos contra o executivo.

Crianças mortas em Aleppo

O OSDH indicou, por sua vez, que ao menos doze crianças e três adultos morreram quando um bombardeio russo atingiu sua escola, em uma localidade síria rebelde na província setentrional de Aleppo.

O ataque também deixou 20 feridos entre os alunos e seus professores, acrescentou esta fonte.

A Rússia, um dos principais aliados de Assad, começou em setembro uma campanha de bombardeios para apoiar o regime sírio.

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O envio de ajuda humanitária aos habitantes das cidades sírias sitiadas de Madaya, Fua e Kafraya, onde dezenas de pessoas estão à beira da fome , começou nesta segunda-feira, anunciou o porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Um comboio humanitário de 44 caminhões partiu de Damasco rumo à cidade rebelde de Madaya, situada 40 km a oeste, onde cerca de 42.000 pessoas vivem sob o cerco das forças do regime há seis meses.

Pouco antes, 21 caminhões com ajuda humanitária partiram da capital síria para prestar ajuda aos 20.000 habitantes das localidades xiitas de Fua e Kafraya, situadas pelos rebeldes na província de Idleb (noroeste).

Segundo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), 28 pessoas morreram de fome desde 1 de dezembro em Madaya, onde os habitantes descreveram cenas de desespero, com pessoas obrigadas a comer mato ou a pagar preços exorbitantes pela escassa comida que entra na cidade.

Os caminhões enviados pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA), pelo CICV e pelo Crescente Vermelho sírio transportam comida, água, leite para bebês, cobertores, medicamentos e material cirúrgico.

Será a primeira vez em que um comboio humanitário chega às cidades rebeldes de Madaya, Fua e Kafraya desde 18 de outubro.

A ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) afirmou que a situação é menos dramática em Fua e em Kafraya porque a aviação do regime lançou ali carregamentos com comida.

No entanto, os rebeldes não puderam fazer o mesmo em Madaya.

Pedido de ajuda urgente

A MSF registrou no domingo outras cinco mortes por inanição, incluindo a de um menino de nove anos.

"Os médicos da MSF na cidade sitiada (de Madaya) têm 10 pacientes em estado crítico de inanição que precisam de hospitalização urgente", informou a organização.

"Mais de 200 pacientes desnutridos podem estar em estado crítico e precisar de hospitalização na próxima semana se a ajuda não chegar", acrescentou.

Outras 13 pessoas que tentaram escapar em busca de comida morreram ao pisar nas minas que cercam Madaya ou por disparos de francoatiradores, segundo o OSDH, um grupo com sede no Reino Unido que conta com uma extensa rede de colaboradores na Síria.

A ONU e as organizações humanitárias mostraram em diversas ocasiões sua preocupação pelas zonas sitiadas ou difíceis de acesso no país.

Na semana passada, as Nações Unidas afirmaram que apenas 10% da ajuda necessária nestas áreas pôde ser entregue em 2015.

Mais de 260.000 pessoas morreram desde o início do conflito sírio, em março de 2011, quando o governo de Bashar al-Assad reprimiu uma onda de protestos contra o executivo.

Crianças mortas em Aleppo

O OSDH indicou, por sua vez, que ao menos doze crianças e três adultos morreram quando um bombardeio russo atingiu sua escola, em uma localidade síria rebelde na província setentrional de Aleppo.

O ataque também deixou 20 feridos entre os alunos e seus professores, acrescentou esta fonte.

A Rússia, um dos principais aliados de Assad, começou em setembro uma campanha de bombardeios para apoiar o regime sírio.

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