Começa 6ª cúpula do G20 com dúvidas sobre recuperação econômica
Os líderes estão decididos a adotar medidas para reativar o crescimento mundial e enfrentar a crise da União Europeia, região sobre a qual paira o fantasma da recessão
Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2011 às 10h41.
Cannes - Os líderes do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes) deram início nesta quinta-feira em Cannes (França) a 6ª cúpula decididos a adotar medidas para reativar o crescimento mundial e enfrentar a crise da União Europeia, região sobre a qual paira o fantasma da recessão.
Anfitrião da cúpula, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, recebeu um por um os líderes mundiais na chegada ao Palácio dos Festivais, antes de iniciar o almoço de trabalho para analisar a situação econômica mundial.
O G20 é formado pelos países do Grupo dos Oito (G8, EUA, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália e França mais a Rússia), somado a Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México, África do Sul e Turquia, e a União Europeia.
Espanha participa como convidado permanente, pois assistiu a todas as reuniões. Nesta edição também há outros convidados especiais, como Guiné Equatorial e Etiópia.
Como na cúpula de Washington, há três anos, quando o G20 funcionou como principal fórum de discussão econômica mundial, o mundo enfrenta grandes desafios, principalmente o arrefecimento econômico, que afeta especialmente os países desenvolvidos, agravando os desequilíbrios com os emergentes.
Há poucos dias, organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgaram previsões pessimistas sobre a economia mundial.
A OCDE advertiu especialmente sobre a estagnação da zona do euro e não excluiu a possibilidade de uma recessão em caso de uma nova deterioração das condições financeiras.
Para este organismo, a zona do euro crescerá 1,7% neste ano, mas apenas 0,3% em 2012, bem abaixo do ritmo de 2% que a organização calculava para esses dois anos em maio. Em 2013, o percentual seria de 1,5%, sequer o nível de 2011.
Em meados de outubro, o FMI alertou, igualmente, que o 'risco imediato era que a economia mundial entrasse em uma espiral de deterioração devido às incertezas e à aversão ao risco, assim como ao funcionamento disfuncional dos mercados, à dinâmica insustentável da dívida, à queda na demanda e ao crescimento do desemprego'.
São fatores que o G20 quer enfrentar, embora a receita de lançar planos de estímulo maciços iniciada há três anos agora não serve mais, devido ao forte déficit de alguns países.
Espera-se que desta cúpula saia um compromisso dos países emergentes, que crescem com muita força, para ajudar as economias mais desenvolvidas.
Para isso, devem pedir que deixem de tomar medidas para frear a valorização de suas moedas e que fomentem o consumo interno, ao invés de apoiar seu crescimento nas exportações.
Isso permitiria reduzir os desequilíbrios comerciais existentes no mundo, e que fazem com que os países emergentes acumulem fortes superávits em conta corrente, frente ao déficit crescente dos desenvolvidos.
A crise de confiança que vive a Europa será outro tema do G20, embora se desconheça em que termos haverá referência a esse ponto no comunicado final de sexta-feira.
Cannes - Os líderes do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes) deram início nesta quinta-feira em Cannes (França) a 6ª cúpula decididos a adotar medidas para reativar o crescimento mundial e enfrentar a crise da União Europeia, região sobre a qual paira o fantasma da recessão.
Anfitrião da cúpula, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, recebeu um por um os líderes mundiais na chegada ao Palácio dos Festivais, antes de iniciar o almoço de trabalho para analisar a situação econômica mundial.
O G20 é formado pelos países do Grupo dos Oito (G8, EUA, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália e França mais a Rússia), somado a Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México, África do Sul e Turquia, e a União Europeia.
Espanha participa como convidado permanente, pois assistiu a todas as reuniões. Nesta edição também há outros convidados especiais, como Guiné Equatorial e Etiópia.
Como na cúpula de Washington, há três anos, quando o G20 funcionou como principal fórum de discussão econômica mundial, o mundo enfrenta grandes desafios, principalmente o arrefecimento econômico, que afeta especialmente os países desenvolvidos, agravando os desequilíbrios com os emergentes.
Há poucos dias, organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgaram previsões pessimistas sobre a economia mundial.
A OCDE advertiu especialmente sobre a estagnação da zona do euro e não excluiu a possibilidade de uma recessão em caso de uma nova deterioração das condições financeiras.
Para este organismo, a zona do euro crescerá 1,7% neste ano, mas apenas 0,3% em 2012, bem abaixo do ritmo de 2% que a organização calculava para esses dois anos em maio. Em 2013, o percentual seria de 1,5%, sequer o nível de 2011.
Em meados de outubro, o FMI alertou, igualmente, que o 'risco imediato era que a economia mundial entrasse em uma espiral de deterioração devido às incertezas e à aversão ao risco, assim como ao funcionamento disfuncional dos mercados, à dinâmica insustentável da dívida, à queda na demanda e ao crescimento do desemprego'.
São fatores que o G20 quer enfrentar, embora a receita de lançar planos de estímulo maciços iniciada há três anos agora não serve mais, devido ao forte déficit de alguns países.
Espera-se que desta cúpula saia um compromisso dos países emergentes, que crescem com muita força, para ajudar as economias mais desenvolvidas.
Para isso, devem pedir que deixem de tomar medidas para frear a valorização de suas moedas e que fomentem o consumo interno, ao invés de apoiar seu crescimento nas exportações.
Isso permitiria reduzir os desequilíbrios comerciais existentes no mundo, e que fazem com que os países emergentes acumulem fortes superávits em conta corrente, frente ao déficit crescente dos desenvolvidos.
A crise de confiança que vive a Europa será outro tema do G20, embora se desconheça em que termos haverá referência a esse ponto no comunicado final de sexta-feira.