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Com "tesouro" na Patagônia, Argentina estuda controlar preço do petróleo

O governo do presidente Alberto Fernández está em fase de elaboração do projeto de lei, que será enviado este ano ao Congresso para debate entre parlamentares

Matias Kulfas, ministro de Produção argentino: governo busca "solução para problemas de volatilidade" (Bloomberg/Bloomberg)

Matias Kulfas, ministro de Produção argentino: governo busca "solução para problemas de volatilidade" (Bloomberg/Bloomberg)

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Bloomberg

Publicado em 11 de abril de 2021 às 08h00.

O governo da Argentina busca controles de longo prazo dos preços do petróleo, enquanto o país corre contra o tempo para desenterrar seu tesouro de gás de xisto na Patagônia.

A ideia de estabelecer um teto e um piso para os preços domésticos do petróleo está sendo elaborada em projeto de lei que visa estimular investimentos em petróleo e gás, disse o ministro da Produção, Matias Kulfas, em entrevista na quinta-feira.

Um limite evitaria que ondas compradoras nos mercados de petróleo elevem os preços dos combustíveis. Além disso - algo crucial para as ambições da Argentina para o gás de xisto -, um piso desencorajaria grandes petroleiras de sair de um ativo marginal como o depósito de Vaca Muerta se os mercados entrarem em colapso.

“O que queremos estruturalmente é uma solução que preveja problemas de volatilidade”, disse Kulfas.

O governo do presidente Alberto Fernández está em fase de elaboração do projeto de lei, que será enviado este ano ao Congresso para debate entre parlamentares.

A aprovação de controles aprovados por lei enviaria um sinal claro sobre as regras sob as quais empresas podem produzir petróleo na Argentina nos próximos anos, quando o espectro de pico de demanda ameaça manter enormes recursos enterrados em Vaca Muerta.

Petroleiras têm produzido 137.500 barris de petróleo por dia no depósito de gás de xisto praticamente inexplorado no sul do país, segundo o jornal Río Negro. Em comparação, a Bacia Permiana nos EUA deve produzir 4,6 milhões de barris de petróleo por dia em maio.

A Argentina tem o hábito de interferir nos mercados de energia. No ano passado, quando as cotações do petróleo despencaram, o governo estabeleceu um preço mais alto para sua commodity. Recentemente, empresas também concordaram em ajudar refinarias pressionadas pelo governo a manterem os preços da gasolina sob controle.

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