Com Kerry, Netanyahu critica projeto de resolução palestino
Palestinos informaram querem apresentar um texto que determinaria um prazo para o fim da ocupação israelense em suas terras
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 08h01.
Roma - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reuniu nesta segunda-feira durante três horas com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, após criticar o projeto de resolução apresentado pelos palestinos à ONU .
"Aprecio muito os esforços do secretário de Estado para impedir qualquer deterioração na região", afirmou Netanyahu em um comunicado, "mas não aceitamos as tentativas de nos impor medidas unilaterais num prazo determinado, enquanto o islamismo radical se propaga pelo mundo", disse Netanyahu, em declarações divulgadas pela rádio militar israelense antes que o premiê embarcasse rumo a Roma.
"As tentativas dos palestinos e de vários países europeus de impor condições a Israel apenas conduzirão a deterioração da situação regional e colocarão Israel em perigo".
Os palestinos informaram que têm a intenção de apresentar nesta quarta-feira um rascunho de texto que determinaria um prazo de dois anos para por fim a várias décadas de ocupação israelense em suas terras.
A diplomacia francesa tem feito uma série de consultas a Londres e Berlim, assim como a Washington e Amã, para tentar costurar um texto que conte com um apoio dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU.
O texto estimularia a rápida retomada das negociações entre israelenses e palestinos tomando como base uma série de grandes linhas com a coexistência pacífica de Israel e de um Estado Palestino, mas sem estipular uma data para a retirada dos territórios ocupados.
"No contexto de ausência de um processo de paz, que alimenta as tensões no terreno, é imperativo avançar rapidamente num projeto de resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas", afirmou nesta segunda-feira o porta-voz da chancelaria francesa. Paris busca também impedir que Washington esteja à frente do assunto, segundo fontes diplomáticas.
Os Estados Unidos, contudo, ainda não decidiu se apoiará ou imporá seu veto a esta iniciativa europeia, informaram autoridades norte-americanas a jornalistas que acompanham Kerry.
Veto inevitável
Segundo fontes diplomáticas, a França tenta conseguir um compromisso dos palestinos, que se mostram divididos entre os que querem ir mais rápido e os que se mostram mais construtivos.
O veto norte-americano ao projeto defendido pelos palestinos parece de fato inevitável na medida em que Washington se opõe a qualquer medida unilateral por parte dos palestinos para obter o reconhecimento de um Estado pelas Nações Unidas. Os Estados Unidos consideram que este deve ser o resultado das negociações de paz.
Sobre este assunto, um funcionário do Departamento de Estado garantiu que "impor um limite de dois anos" não é a maneira de abordar "mas questão de dificílima negociação".
Netanyahu já havia descartado categoricamente neste domingo a ideia de uma retirada da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental antes de dois anos.
"Nós enfrentamos a possibilidade de um ataque diplomático, dito de outra maneira, a uma tentativa de impor através de decisões da ONU uma retirada das linhas [fronteiriças] de 1967 em um prazo de dois anos", afirmou.
Esta retirada "levaria os islamistas extremistas aos arredores de Tel Aviv e ao coração de Jerusalém", alertou o primeiro-ministro. "Não permitiremos isso. Condenamos energicamente a iniciativa e de maneira responsável", garantiu.
O secretário de Estado norte-americano multiplica atualmente suas reuniões na Europa para tentar retomar o processo de paz, assunto que abordou no domingo com seu homólogo russo, Serguei Lavrov.
Antes de viajar a Londres, onde se reunirá com o chefe dos negociadores palestinos, Saeb Erakat, e com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil el Arabi, Kerry se reunirá em Paris com seus colegas francês, inglês e alemão, assim como com a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.
Roma - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reuniu nesta segunda-feira durante três horas com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, após criticar o projeto de resolução apresentado pelos palestinos à ONU .
"Aprecio muito os esforços do secretário de Estado para impedir qualquer deterioração na região", afirmou Netanyahu em um comunicado, "mas não aceitamos as tentativas de nos impor medidas unilaterais num prazo determinado, enquanto o islamismo radical se propaga pelo mundo", disse Netanyahu, em declarações divulgadas pela rádio militar israelense antes que o premiê embarcasse rumo a Roma.
"As tentativas dos palestinos e de vários países europeus de impor condições a Israel apenas conduzirão a deterioração da situação regional e colocarão Israel em perigo".
Os palestinos informaram que têm a intenção de apresentar nesta quarta-feira um rascunho de texto que determinaria um prazo de dois anos para por fim a várias décadas de ocupação israelense em suas terras.
A diplomacia francesa tem feito uma série de consultas a Londres e Berlim, assim como a Washington e Amã, para tentar costurar um texto que conte com um apoio dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU.
O texto estimularia a rápida retomada das negociações entre israelenses e palestinos tomando como base uma série de grandes linhas com a coexistência pacífica de Israel e de um Estado Palestino, mas sem estipular uma data para a retirada dos territórios ocupados.
"No contexto de ausência de um processo de paz, que alimenta as tensões no terreno, é imperativo avançar rapidamente num projeto de resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas", afirmou nesta segunda-feira o porta-voz da chancelaria francesa. Paris busca também impedir que Washington esteja à frente do assunto, segundo fontes diplomáticas.
Os Estados Unidos, contudo, ainda não decidiu se apoiará ou imporá seu veto a esta iniciativa europeia, informaram autoridades norte-americanas a jornalistas que acompanham Kerry.
Veto inevitável
Segundo fontes diplomáticas, a França tenta conseguir um compromisso dos palestinos, que se mostram divididos entre os que querem ir mais rápido e os que se mostram mais construtivos.
O veto norte-americano ao projeto defendido pelos palestinos parece de fato inevitável na medida em que Washington se opõe a qualquer medida unilateral por parte dos palestinos para obter o reconhecimento de um Estado pelas Nações Unidas. Os Estados Unidos consideram que este deve ser o resultado das negociações de paz.
Sobre este assunto, um funcionário do Departamento de Estado garantiu que "impor um limite de dois anos" não é a maneira de abordar "mas questão de dificílima negociação".
Netanyahu já havia descartado categoricamente neste domingo a ideia de uma retirada da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental antes de dois anos.
"Nós enfrentamos a possibilidade de um ataque diplomático, dito de outra maneira, a uma tentativa de impor através de decisões da ONU uma retirada das linhas [fronteiriças] de 1967 em um prazo de dois anos", afirmou.
Esta retirada "levaria os islamistas extremistas aos arredores de Tel Aviv e ao coração de Jerusalém", alertou o primeiro-ministro. "Não permitiremos isso. Condenamos energicamente a iniciativa e de maneira responsável", garantiu.
O secretário de Estado norte-americano multiplica atualmente suas reuniões na Europa para tentar retomar o processo de paz, assunto que abordou no domingo com seu homólogo russo, Serguei Lavrov.
Antes de viajar a Londres, onde se reunirá com o chefe dos negociadores palestinos, Saeb Erakat, e com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil el Arabi, Kerry se reunirá em Paris com seus colegas francês, inglês e alemão, assim como com a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.