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Colonização em Jerusalém ameaça solução de 2 Estados, diz UE

A União Europeia recomenda aos países membros impedir as transações financeiras com as colônias

Manifestantes palestinos resistem ao serem detidos por soldados israelenses perto de Burin, na Cisjordânia (Jaafar Ashtiyeh/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 11h26.

Jerusalém - A União Europeia (UE) condenou a colonização israelense em Jerusalém Oriental ocupada e anexada, que pode tornar inviável uma solução com dois Estados, um israelense e outro palestino, e recomenda aos países membros impedir as transações financeiras com as colônias.

Em um relatório, os chefes de missão dos países da UE em Jerusalém e Ramallah recomendam que o bloco deve "impedir as transações financeiras, incluindo os investimentos estrangeiros diretos, em favor de atividades, infraestruturas e serviços nas colônias".

"Se a aplicação da atual política israelense continuar, em particular a colonização, a perspectiva de Jerusalém como futura capital de dois Estados, Israel e Palestina, se tornará praticamente inviável", destaca o documento, que considera a colonização a "mais grave ameaça para uma solução com dois Estados".

"Para que seja alcançada a solução de dois Estados, Jerusalém deve ser a futura capital de dois Estados, Israel e Palestina", afirmam os chefes de missão da UE, que lamentam que Israel busque "ativamente perpetuar sua anexação ilegal de Jerusalém Oriental".

A colonização israelense é "sistemática, deliberada e provocadora", segundo o texto, o que "abala a confiança entre as partes, colocando em perigo as perspectivas físicas de criação de um Estado palestino viável e contíguo, tornando mais difíceis os compromissos necessários para a paz à medida que aumenta a população as colônias".

"Qualquer atividade de colonização acontece quase invariavelmente com o apoio do governo israelense e do município de Jerusalém", segundo os autores, que apontam que apenas o "Estado de Israel está em condições de deter a expansão da colonização".


O documento destaca em particular a colonização do lado sul de Jerusalém, o que ameaça criar uma "tampa efetiva entre Jerusalém Oriental e Belém (Cisjordânia) ao fim de 2013", e o projeto E1, que "dividiria a Cisjordânia em duas partes separadas, norte e sul".

No relatório enviado a Bruxelas, os chefes de Missão recomendam a "intensificação dos esforços da UE para contra-atacar a colonização em Jerusalém Oriental e seus arredores, o que é uma ameaça particular para a solução de dois Estados".

Os diplomatas também apelam para "garantir a estrita aplicação do Acordo de Associação UE-Israel, em particular para que os produtos fabricados nas colônias não tenham o tratamento preferencial" previsto no acordo.

Apesar da proclamada anexação de Jerusalém Oriental e "apesar de os palestinos constituírem aproximadamente 37% da população de Jerusalém, o município não gasta mais de 10% de seu orçamento total nos territórios palestinos", destacam os chefes de Missão da UE.

Israel considera Jerusalém como sua capital "única e indivisível", mas a comunidade internacional não reconhece a anexação, de 1967, da parte oriental ocupada da cidade, onde vivem 200.000 israelenses em áreas de colonização judaicas e que os palestinos desejam transformar na capital do Estado a que aspiram criar no futuro.

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Jerusalém - A União Europeia (UE) condenou a colonização israelense em Jerusalém Oriental ocupada e anexada, que pode tornar inviável uma solução com dois Estados, um israelense e outro palestino, e recomenda aos países membros impedir as transações financeiras com as colônias.

Em um relatório, os chefes de missão dos países da UE em Jerusalém e Ramallah recomendam que o bloco deve "impedir as transações financeiras, incluindo os investimentos estrangeiros diretos, em favor de atividades, infraestruturas e serviços nas colônias".

"Se a aplicação da atual política israelense continuar, em particular a colonização, a perspectiva de Jerusalém como futura capital de dois Estados, Israel e Palestina, se tornará praticamente inviável", destaca o documento, que considera a colonização a "mais grave ameaça para uma solução com dois Estados".

"Para que seja alcançada a solução de dois Estados, Jerusalém deve ser a futura capital de dois Estados, Israel e Palestina", afirmam os chefes de missão da UE, que lamentam que Israel busque "ativamente perpetuar sua anexação ilegal de Jerusalém Oriental".

A colonização israelense é "sistemática, deliberada e provocadora", segundo o texto, o que "abala a confiança entre as partes, colocando em perigo as perspectivas físicas de criação de um Estado palestino viável e contíguo, tornando mais difíceis os compromissos necessários para a paz à medida que aumenta a população as colônias".

"Qualquer atividade de colonização acontece quase invariavelmente com o apoio do governo israelense e do município de Jerusalém", segundo os autores, que apontam que apenas o "Estado de Israel está em condições de deter a expansão da colonização".


O documento destaca em particular a colonização do lado sul de Jerusalém, o que ameaça criar uma "tampa efetiva entre Jerusalém Oriental e Belém (Cisjordânia) ao fim de 2013", e o projeto E1, que "dividiria a Cisjordânia em duas partes separadas, norte e sul".

No relatório enviado a Bruxelas, os chefes de Missão recomendam a "intensificação dos esforços da UE para contra-atacar a colonização em Jerusalém Oriental e seus arredores, o que é uma ameaça particular para a solução de dois Estados".

Os diplomatas também apelam para "garantir a estrita aplicação do Acordo de Associação UE-Israel, em particular para que os produtos fabricados nas colônias não tenham o tratamento preferencial" previsto no acordo.

Apesar da proclamada anexação de Jerusalém Oriental e "apesar de os palestinos constituírem aproximadamente 37% da população de Jerusalém, o município não gasta mais de 10% de seu orçamento total nos territórios palestinos", destacam os chefes de Missão da UE.

Israel considera Jerusalém como sua capital "única e indivisível", mas a comunidade internacional não reconhece a anexação, de 1967, da parte oriental ocupada da cidade, onde vivem 200.000 israelenses em áreas de colonização judaicas e que os palestinos desejam transformar na capital do Estado a que aspiram criar no futuro.

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