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Colombianos vão às ruas para pedir paz

"A paz é a vitória de qualquer soldado, a paz é a vitória de qualquer policial. Se nos reconciliarmos, teremos uma pátria melhor", disse presidente Santos

O governo de Santos está envolvido desde 2012 em um processo de paz com a guerrilha comunista Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) (Jose Miguel Gomez/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2013 às 19h25.

Cerca de 150.000 pessoas foram às ruas nesta terça-feira em Bogotá para pedir paz e apoiar as vítimas do conflito armado, uma iniciativa da qual participou o presidente Juan Manuel Santos e que tem o respaldo das Farc .

"A paz é a vitória de qualquer soldado, a paz é a vitória de qualquer policial. Se nos reconciliarmos, teremos uma pátria melhor", disse Santos, ao lado de ministros e diante de centenas de militares na Praça dos Heróis Caídos, antes de se juntar à caminhada pela paz.

O governo de Santos está envolvido desde 2012 em um processo de paz com a guerrilha comunista Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Na véspera, a delegação das Farc havia divulgado uma mensagem saudando "com afeto a todas as pessoas que tomaram a decisão de marchar pela paz da Colômbia e que, com grande esforço, vieram dos quatro cantos do país para pedir uma paz justa, democrática e duradoura para todos os habitantes".

Como gesto simbólico e com uma camisa na qual se podia ler: "O que importa é acreditar. Eu acredito na paz", Santos e o prefeito de Bogotá, o ex-guerrilheiro Gustavo Petro, plantaram uma árvore juntos na sede do Centro de Memória Histórica.

O conflito armado na Colômbia, que envolve guerrilhas de esquerda, grupos paramilitares de direita e organizações de narcotraficantes, deixou mais de 3,7 milhões de desabrigados, 600.000 mortos e 15.000 desaparecidos nos últimos 50 anos.

Um concerto com a Orquestra Filarmônica de Bogotá e cantores populares foi organizado na Praça Bolívar, além da leitura da "Oração pela paz", escrita por William Ospina especialmente para a ocasião.


Cerca de 150.000 pessoas participaram da manifestação, muitas delas oriundas de outros regiões do país, de acordo com números da prefeitura.

"Na minha região sofremos muito com a violência da guerrilha e da delinquência. Não sabemos se a paz é possível e o futuro é incerto, mas temos esperança", disse à AFP Vianey León, uma camponesa de 28 anos que viajou do departamento de Tolima (centro) para participar da manifestação.

O governo de Santos dialoga em Cuba desde novembro passado com as Farc para buscar o fim do conflito armado, e espera também iniciar negociações com a outra guerrilha esquerdista da Colômbia, o Exército de Libertação Nacional (ELN).

A marcha teve o apoio da maioria dos partidos políticos e de diversas organizações sociais, mas foi duramente criticada pelo ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), que acredita que o ato "legitima o terrorismo das Farc".

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia são a principal guerrilha do país, com cerca de 8.000 integrantes, e a mais antiga da América Latina.

O ELN conta com cerca de 2.500 guerrilheiros.

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Cerca de 150.000 pessoas foram às ruas nesta terça-feira em Bogotá para pedir paz e apoiar as vítimas do conflito armado, uma iniciativa da qual participou o presidente Juan Manuel Santos e que tem o respaldo das Farc .

"A paz é a vitória de qualquer soldado, a paz é a vitória de qualquer policial. Se nos reconciliarmos, teremos uma pátria melhor", disse Santos, ao lado de ministros e diante de centenas de militares na Praça dos Heróis Caídos, antes de se juntar à caminhada pela paz.

O governo de Santos está envolvido desde 2012 em um processo de paz com a guerrilha comunista Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Na véspera, a delegação das Farc havia divulgado uma mensagem saudando "com afeto a todas as pessoas que tomaram a decisão de marchar pela paz da Colômbia e que, com grande esforço, vieram dos quatro cantos do país para pedir uma paz justa, democrática e duradoura para todos os habitantes".

Como gesto simbólico e com uma camisa na qual se podia ler: "O que importa é acreditar. Eu acredito na paz", Santos e o prefeito de Bogotá, o ex-guerrilheiro Gustavo Petro, plantaram uma árvore juntos na sede do Centro de Memória Histórica.

O conflito armado na Colômbia, que envolve guerrilhas de esquerda, grupos paramilitares de direita e organizações de narcotraficantes, deixou mais de 3,7 milhões de desabrigados, 600.000 mortos e 15.000 desaparecidos nos últimos 50 anos.

Um concerto com a Orquestra Filarmônica de Bogotá e cantores populares foi organizado na Praça Bolívar, além da leitura da "Oração pela paz", escrita por William Ospina especialmente para a ocasião.


Cerca de 150.000 pessoas participaram da manifestação, muitas delas oriundas de outros regiões do país, de acordo com números da prefeitura.

"Na minha região sofremos muito com a violência da guerrilha e da delinquência. Não sabemos se a paz é possível e o futuro é incerto, mas temos esperança", disse à AFP Vianey León, uma camponesa de 28 anos que viajou do departamento de Tolima (centro) para participar da manifestação.

O governo de Santos dialoga em Cuba desde novembro passado com as Farc para buscar o fim do conflito armado, e espera também iniciar negociações com a outra guerrilha esquerdista da Colômbia, o Exército de Libertação Nacional (ELN).

A marcha teve o apoio da maioria dos partidos políticos e de diversas organizações sociais, mas foi duramente criticada pelo ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), que acredita que o ato "legitima o terrorismo das Farc".

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia são a principal guerrilha do país, com cerca de 8.000 integrantes, e a mais antiga da América Latina.

O ELN conta com cerca de 2.500 guerrilheiros.

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