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Colômbia e FARC revisam implementação de acordo de paz

O governo colombiano e as Farc firmaram em novembro um acordo de paz depois de quatro anos de negociações em Cuba para colocar fim ao conflito armado

O presidente da Colombia, Juan Manuel Santos, em congresso para apresentar acordo de paz com as Farc  (John Vizcaino/Reuters/Reuters)

O presidente da Colombia, Juan Manuel Santos, em congresso para apresentar acordo de paz com as Farc (John Vizcaino/Reuters/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de março de 2017 às 16h35.

Última atualização em 25 de março de 2017 às 16h39.

BOGOTÁ (Reuters) - Representantes do governo da Colômbia e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), começaram neste sábado uma reunião de dois dias para acelerar a implementação do acordo de paz que firmaram para por fim ao violento conflito armado de mais meio século.

A reunião, da qual participarão o presidente Juan Manuel Santos e o líder máximo das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como "Timochenko", está sendo realizada na cidade de Cartagena, principal balneário turístico do país sul-americano.

"No encontro será feita uma avaliação dos avanços com o propósito de tomar as decisões necessárias para acelerar a implementação dos acordos", disse um comunicado conjunto de ambas as partes.

O governo colombiano e as Farc firmaram em novembro um acordo de paz depois de quatro anos de negociações em Cuba para colocar fim ao conflito armado que deixou 220 mil mortos, milhões de desabrigados e que freou o crescimento da quarta maior economia da América Latina.

O acordo foi fortemente criticado pela oposição política liderada pelo ex-presidente Álvaro Uribe, que tem levantado a necessidade de mudanças para exigir que os líderes da guerrilha sejam presos por seus delitos e não possam ocupar cargos eletivos.

"Não vamos renegociar nem abrir a porta para renegociar os acordos, mas é claro que podemos realizar melhorias nos acordos ... mas tem que ser em comum acordo entre as partes", disse Santos, na sexta-feira, ao descartar a possibilidade de reabertura da negociação.

Os quase 7 mil integrantes do grupo rebelde permanecem atualmente em 26 sítios localizados em regiões montanhosas e de selva, sob supervisão da ONU, a quem deverão entregar as armas com base no que foi estabelecido no acordo.

O processo de desarmamento deverá ser concluído no começo de junho e os integrantes do grupo rebelde formarão um partido político.

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