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Colômbia e ELN voltam a prorrogar negociações sobre trégua

Militantes se comprometeram a suspender os sequestros em troca de resgate durante a quinta rodada de negociações de paz

Fundado em 1964, o Exército de Libertação Nacional (ELN) contava com mais de 5,8 mil membros em 2022, segundo autoridades da Colômbia (AFP Photo)

Fundado em 1964, o Exército de Libertação Nacional (ELN) contava com mais de 5,8 mil membros em 2022, segundo autoridades da Colômbia (AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 5 de fevereiro de 2024 às 19h27.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2024 às 20h00.

O governo da Colômbia e o Exército de Libertação Nacional (ELN) adiaram para amanhã o encerramento da sexta rodada de negociações para prorrogar a trégua de seis meses entre as forças públicas e a guerrilha guevarista, que expirou oficialmente em 29 de janeiro, informou um funcionário do Centro Internacional de Imprensa cubano nesta segunda-feira, 5.

A rodada teve início em 22 de janeiro, em Havana. O ELN, última guerrilha atuante na Colômbia, divulgou na rede social X um comunicado explicando que "estão sendo tomadas medidas para resolver fatores de crise e agregar novos elementos de compromisso a serem respeitados por ambas as partes".

Há uma semana, as partes já haviam concordado em prorrogar por sete dias o cessar-fogo, para dar tempo às negociações que buscam prorrogar por um semestre a trégua assinada na capital cubana, que entrou em vigor no dia 3 de agosto de 2023.

Essa prorrogação é negociada após o ELN se comprometer a suspender os sequestros em troca de resgate durante a quinta rodada de negociações de paz, realizada em dezembro, no México. Este acordo conseguiu superar a crise causada pelo sequestro, em 28 de outubro, do pai do astro do futebol colombiano e atacante do Liverpool inglês Luis Díaz, que foi libertado 12 dias depois.

As negociações rotativas de paz com o ELN, que, segundo números oficiais, conta com mais de 5 mil membros, tiveram início em Caracas, em novembro de 2022, sob a liderança do presidente Gustavo Petro, que lançou um plano de Paz Total com grupos rebeldes e organizações do narcotráfico. Seu antecessor Iván Duque (2018-2022) havia suspendido as conversas com o ELN após um atentado em uma escola de policiais.

A Colômbia enfrenta seis décadas de conflito armado, que já deixou 9,5 milhões de vítimas, entre deslocados, assassinados, sequestrados e desaparecidos.

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