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Clubes de futebol franceses entrarão em greve contra imposto

Greve vai afetar jogos das primeira e segunda divisões do Campeonato Francês entre 29 de novembro e 2 de dezembro

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 14h00.

Paris - Clubes de futebol da França vão realizar uma greve no final do próximo mês em protesto contra o super imposto do governo francês, disse a união de clubes profissionais do país (UCPF, na sigla em francês) nesta quinta-feira.

"Haverá um fim de semana sem jogos no final do mês (de novembro)", disse o presidente da UCPF, Jean-Pierre Louvel, em entrevista coletiva. "É a sobrevivência do futebol francês que está em jogo", acrescentou.

A greve vai afetar jogos das primeira e segunda divisões do Campeonato Francês entre 29 de novembro e 2 de dezembro.

A greve no futebol é o mais recente golpe para o presidente francês, François Hollande, cujo governo já sofre com baixos índices de popularidade, sobretudo devido à alta taxa de desemprego e disputas internas sobre a política de imigração.

Inicialmente, a taxa de 75 por cento de imposto deveria ser paga por aqueles que ganham mais de um milhão de euros por ano.

Após protestos de altos executivos e atores franceses, como Gerard Depardieu, o governo mudou a lei para que o imposto seja pago pelas empresas que oferecem esses salários.

O imposto é aplicável a rendimentos anuais acima de 1 milhão de euros, embora haja um limite de cinco por cento do volume de negócios de uma empresa.


O Paris St Germain, que é sustentado por investidores do Catar, será um dos mais atingidos pelo imposto, enquanto o Monaco, sustentado por um bilionário russo, estará isento, já que não se enquadra nas leis fiscais francesas.

Hollande deve receber os representantes dos clubes franceses na próxima semana para discutir o imposto.

"Vamos pedir-lhe mais uma vez para acabar com este imposto", disse Louvel.

Os clubes franceses são apoiados pela Liga Francesa de Futebol (LFP) em sua luta contra o governo.

"Eu aprovo totalmente a determinação dos clubes e entendo a sua exasperação", disse o presidente da LFP, Frederic Thiriez, a repórteres.

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