Mundo

Cinema é fechado por deixar mulheres verem Eurocopa no Irã

O chefe de polícia Bahman Kargar havia determinado que as mulheres não poderiam assistir à Eurocopa nos cinemas, por se tratar de um "ambiente impróprio" para elas

"É uma situação imprópria que homens e mulheres assistam juntos a partidas de futebol", disse Kargar (©AFP/File / Amer Hilabi)

"É uma situação imprópria que homens e mulheres assistam juntos a partidas de futebol", disse Kargar (©AFP/File / Amer Hilabi)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2012 às 18h40.

Teerã - A polícia de Teerã fechou um cinema da capital iraniana que desafiou a proibição de vender ingressos para mulheres assistirem ao vivo às partidas da Eurocopa, informou nesta segunda-feira a agência iraniana Isna, citando autoridades da capital.

A rede de cinemas confirmou a versão, mas não quis dar detalhes sobre a operação.

As partidas da Eurocopa geraram uma grande expectativa no Irã. Cinemas decidiram exibir os jogos, como aconteceu na Copa do Mundo de 2010 e na Copa da Ásia de 2011.

O chefe de polícia Bahman Kargar, responsável pelos assuntos sociais, havia determinado que as mulheres não poderiam assistir à Eurocopa nos cinemas, por se tratar de um "ambiente impróprio" para elas.

No Irã, as mulheres são proibidas por lei de realizar algumas atividades, ou são autorizadas apenas com a permissão de seu marido ou pai.

"É uma situação imprópria que homens e mulheres assistam juntos a partidas de futebol", disse Kargar. "Quando estão vendo os jogos, os homens se exaltam e podem falar palavrões ou fazer piadas sujas. Não é digno das mulheres assistir às partidas com homens. Elas deveriam agradecer pela proibição."

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEsportesFutebolIrã - PaísMulheres

Mais de Mundo

Milei se reunirá com Macron em viagem à França para abertura dos Jogos Olímpicos

'Tome chá de camomila', diz Maduro após Lula se preocupar com eleições na Venezuela

Maduro deve aceitar resultado das eleições se perder, diz ex-presidente argentino

Macron só vai nomear primeiro-ministro após Jogos Olímpicos

Mais na Exame