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Cidade chinesa terá primeira eleição democrática

A abertura acontece após uma revolta que explodiu em dezembro no município chinês de Wukan contra o confisco de terras

Após os protestos, os residentes de Wukan receberam concessões, incluindo a autorização para organizar a votação (Mark Ralston/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2012 às 08h27.

Pequim - Os habitantes da cidade chinesa de Wukan, onde em dezembro explodiu uma revolta após o confisco de terras, iniciou nesta quarta-feira um processo que deve levar seus cidadãos a participar pela primeira vez em eleições democráticas.

Os representantes mais ativos da revolta começaram a votar para escolher uma comissão que terá a responsabilidade de organizar uma eleição local aberta a todos.

"A comissão eleitoral está em processo de formação para supervisionar a eleição, que será organizada na cidade no próximo mês", declarou à AFP um cidadão identificado apenas como Chen, por telefone.

A China, um Estado dotado de um sistema de partido único no qual os dirigentes não são eleitos, permite no entanto que nas cidades aconteçam eleições locais para a formação de comitês de representação.

"Wukan nunca teve eleições locais, esta será a primeira eleição democrática realizada em Wukan", disse Chen.

No fim de 2011, a revolta em Wukan se transformou em uma verdadeira dor de cabeça para o Partido Comunista na região de Guandong, uma próspera província situada nas proximidades de Hong Kong e considerada a vitrine do poderoso crescimento econômico da China.

Apesar da censura, a revolta foi seguida de perto por centenas de microblogs em toda a China.

As autoridades optaram inicialmente por uma vigorosa repressão e prenderam os líderes da rebelião. A região chegou a ser isolada, antes de Pequim adotar uma posição mais cautelosa para reduzir a tensão.

Assim, os residentes de Wukan receberam concessões, incluindo a autorização para organizar a votação.

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Pequim - Os habitantes da cidade chinesa de Wukan, onde em dezembro explodiu uma revolta após o confisco de terras, iniciou nesta quarta-feira um processo que deve levar seus cidadãos a participar pela primeira vez em eleições democráticas.

Os representantes mais ativos da revolta começaram a votar para escolher uma comissão que terá a responsabilidade de organizar uma eleição local aberta a todos.

"A comissão eleitoral está em processo de formação para supervisionar a eleição, que será organizada na cidade no próximo mês", declarou à AFP um cidadão identificado apenas como Chen, por telefone.

A China, um Estado dotado de um sistema de partido único no qual os dirigentes não são eleitos, permite no entanto que nas cidades aconteçam eleições locais para a formação de comitês de representação.

"Wukan nunca teve eleições locais, esta será a primeira eleição democrática realizada em Wukan", disse Chen.

No fim de 2011, a revolta em Wukan se transformou em uma verdadeira dor de cabeça para o Partido Comunista na região de Guandong, uma próspera província situada nas proximidades de Hong Kong e considerada a vitrine do poderoso crescimento econômico da China.

Apesar da censura, a revolta foi seguida de perto por centenas de microblogs em toda a China.

As autoridades optaram inicialmente por uma vigorosa repressão e prenderam os líderes da rebelião. A região chegou a ser isolada, antes de Pequim adotar uma posição mais cautelosa para reduzir a tensão.

Assim, os residentes de Wukan receberam concessões, incluindo a autorização para organizar a votação.

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