Mundo

Chuvas deixam 150 mortos e 500 desaparecidos na Índia

Mortes estão relacionadas principalmente aos desabamentos de casas, deslizamentos de terras e queda de pontes, segundo autoridades locais

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 11h51.

Nova Délhi - O Exército da Índia resgatou nesta quarta-feira milhares de pessoas no norte do país, região que foi arrasada por uma chuva de monção que causou a morte de quase 150 pessoas e deixou outras 500 desaparecidas.

Após o cessar das chuvas, até 68% mais fortes que o habitual para esta época do ano, e a melhora das condições meteorológicas, os militares conseguiram salvar cerca de 5 mil pessoas somente no estado de Uttarakhand, o mais afetado, com 102 mortes, informou o canal local "NDTV".

De acordo com as autoridades locais, as mortes estão relacionadas principalmente aos desabamentos das casas - umas 160 -, aos deslizamentos de terras e à queda de 21 pontes, além das enchentes registradas na região.

Segundo fontes citadas pela imprensa, as autoridades acreditam que ao menos 500 pessoas permanecem em paradeiro desconhecido, entre elas 45 policiais. Como a maioria dos desaparecidos foi arrastada pelas águas, o número de mortos ainda deve aumentar após a redução dos níveis dos rios da região.

"Aproximadamente 61 mil pessoas foram castigadas pelas chuvas", afirmou à Agência Efe Ashok Kumar, do centro de emergências do Ministério do Interior indiano.

Milhares de peregrinos também foram afetados em Uttarakhand, estado que comporta quatro locais de peregrinação hindu, especialmente o do nascimento do sagrado Rio Ganges, visitado por verdadeiras multidões nesta época do ano.


No vale de Kedarnath, onde se encontra um famoso templo de mesmo nome que teria ficado bastante danificado, 50 peregrinos morreram, enquanto 6 mil pessoas seguem presas nas estradas que conduzem ao lugar sagrado.

No templo de Badrinath, situado no mesmo estado, 12 mil peregrinos ficaram isolados, um fato que fez com que as autoridades enviassem 5 mil soldados e 18 helicópteros ao local. No entanto, por causa das péssimas condições climáticas, o contingente citado só conseguiu chegar ao local hoje para evacuar as pessoas e distribuir provisões.

Com a melhora das condições meteorológicas, o governo espera conseguir resgatar mais pessoas e contornar os estragos mostrados nas emissoras locais, como as imagens de edifícios desmoronando, rios transbordando, cidades inteiramente alagadas e soldados do Exército resgatando moradores e turistas nas estradas.

Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e a presidente do Partido do Congresso, Sonia Gandhi, devem sobrevoar em helicóptero as zonas afetadas em Uttarakhand.

No vizinho estado de Himachal Pradesh, também muito afetado pela monção, as autoridades confirmaram 25 mortes, entre elas a de três crianças de uma mesma família, enquanto 1,5 mil turistas ficaram retidos no vale de Sangla devido aos deslizamentos de terras.


No estado setentrional de Uttar Pradesh, as vítimas já chegam a 15, enquanto 12 pessoas morreram no estado ocidental de Gujarat, principalmente após as fortes tempestades registradas no domingo.

Além disso, na cidade de Pune, no Estado ocidental de Maharashtra, três mulheres morreram esmagadas por um muro que desabou por causa das chuvas.

Enquanto isso, na cidade de Mumbai, as autoridades aconselham os moradores a não sair de suas casas por causa das fortes chuvas que são esperadas nos próximos dias.

Já em Nova Délhi, a maior cheia do Rio Yamuna em 35 anos deixou 1.5 mil pessoas desabrigadas. As inundações são frequentes durante a época de monção na Índia, um país que depende de suas chuvas para o desenvolvimento da agricultura, mas que também sofre com sua fúria.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChuvasDesastres naturaisEnchentesÍndia

Mais de Mundo

Para ex-premier britânico Tony Blair, Irã é o principal foco de instabilidade no Oriente Médio

Naufrágio de iate turístico deixa pelo menos 17 desaparecidos no Egito

Social-democratas nomeiam Scholz como candidato a chanceler nas eleições antecipadas

Musk critica caças tripulados como o F-35 — e exalta uso de drones para guerras