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China tenta controlar infraestrutura crucial, como 5G, diz em Davos secretário-geral da Otan

Stoltenberg alertou que cada vez mais a aliança transatlântica entre Estados Unidos e países da Europa é afetada por "ameaças globais"

Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan (Omar Havana/Getty Images)

Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan (Omar Havana/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 16 de janeiro de 2024 às 16h22.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou nesta terça-feira, 16, que a China tem agido para "tentar controlar infraestrutura crucial" no mundo, como a tecnologia de 5G.

"É uma questão comercial, mas também da nossa segurança", argumentou, durante um painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Stoltenberg foi questionado pelo fato de um chefe da Otan comentar a situação na China, algo que no passado não ocorria. Segundo ele, cada vez mais a aliança transatlântica entre Estados Unidos e países da Europa é afetada por "ameaças globais".

Ele destacou o fato de que a China tem investido muito em capacidade militar, "inclusive armas nucleares". Também notou que a Ásia está cada vez mais atenta ao que ocorre na Europa, por exemplo, com Japão e Coreia do Sul, próximos à Otan, temerosos de que o quadro na guerra em solo ucraniano possa influenciar Pequim a ser mais ou menos dura em sua postura militar.

Em outro momento do painel, Stoltenberg reafirmou o compromisso da Otan em apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia. Ele lembrou que havia alguns analistas que previam, após a invasão russa em 2021, uma derrota rápida do país invadido.

O regime ucraniano, porém, tem reagido e conseguido "grandes vitórias militares", além de conseguir abrir corredores no Mar Negro para escoar suas exportações de grãos, mencionou. "O mais importante é que a Ucrânia sobreviva como um país soberano", reforçou.

Segundo o secretário-geral da Otan, o apoio militar decidido à Ucrânia acabará por elevar a possibilidade de que Moscou se veja forçada a negociar de modo diplomático a paz com Kiev. Para Stoltenberg, a Ucrânia "quer ser parte do Ocidente", o que "é uma grande perda para a Rússia".

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