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China suspende acordos de extradição entre Hong Kong e três países

Canadá, Austrália e Reino Unido já haviam suspendido esses acordos, unilateralmente, em protesto contra a nova lei de segurança de Hong Kong

China suspende acordos de extradição entre Hong Kong e três países (Anthony Kwan/Getty Images)

China suspende acordos de extradição entre Hong Kong e três países (Anthony Kwan/Getty Images)

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AFP

Publicado em 28 de julho de 2020 às 07h03.

Última atualização em 28 de julho de 2020 às 07h04.

A China anunciou, nesta terça-feira (28), a suspensão de acordos de extradição entre Hong Kong e Canadá, Austrália e Reino Unido, os quais criticaram a aplicação por parte de Pequim de uma lei de segurança no território semiautônomo.

Esses três países já haviam suspendido esses acordos, unilateralmente, em protesto contra a nova legislação em vigor desde 30 de junho na ex-colônia britânica.

"Essas ações equivocadas (...) prejudicaram gravemente as bases da cooperação judiciária", disse o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, à imprensa. "A China decidiu suspender os tratados de extradição entre Hong Kong e Canadá, Austrália e Reino Unido, assim como os acordos de cooperação em questões de justiça criminal", enfatizou.

Vários países ocidentais, com os Estados Unidos à frente, pediram à China que recuasse em relação à lei de segurança nacional em Hong Kong.

Essa nova lei faz a oposição democrata local temer um retrocesso grave das liberdades em vigor nesse território de 7,5 milhões de habitantes, devolvido pelo Reino Unido à China em 1997.

Nova Zelândia

A Nova Zelândia também suspendeu o tratado de extradição com Hong Kong devido à "profunda preocupação" com a nova lei de segurança que a China impôs no território.

"A adoção por parte da China da nova lei sobre a segurança nacional corroeu os princípios do Estado de Direito" e "violou os compromissos da China com a comunidade internacional", declarou o ministro de Relações Exteriores da Nova Zelândia, Winston Peters.

A suspensão, que pode irritar Pequim, principal parceiro comercial de Wellington, é justificada porque "a Nova Zelândia não pode confiar mais na independência do sistema judicial de Hong Kong em relação à China", completou o ministro.

Peters disse também que a Nova Zelândia reforçará as restrições às exportações de material militar para Hong Kong e alertou os cidadãos neozelandeses que queiram visitar a antiga colônia britânica.

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