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China sinaliza diplomacia com EUA, Japão e Coreia do Norte

Intenção de resolver conturbadas relações se dará com a provável nomeação para os principais cargos diplomáticos de dois funcionários com grande experiência nesses países

Yang Jiechi: chanceler chinês que já foi embaixador nos EUA e fala inglês fluentemente, deve ser promovido a conselheiro estatal para política externa, segundo três fontes independentes (Arquivo/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2013 às 12h16.

Pequim - A China está sinalizando a intenção de resolver suas conturbadas relações com os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Norte, com a provável nomeação para os principais cargos diplomáticos de dois funcionários com grande experiência nesses países.

O chanceler Yang Jiechi, que foi embaixador nos EUA de 2001 a 2005 e fala inglês fluentemente, deve ser promovido a conselheiro estatal para política externa, segundo três fontes independentes. A China tem apenas cinco desses conselheiros, e o cargo está hierarquicamente acima do ministro de Relações Exteriores.

Yang, de 62 anos, deve ser substituído na chancelaria por Wang Yi, embaixador chinês no Japão entre 2004 e 2007, e ex-representante do governo de Pequim para a Coreia do Norte. Ambos devem ser aprovados para os novos cargos durante a sessão plenária anual do Parlamento, em março, segundo essas fontes.

"Yang Jiechi estará no banco do motorista, ele sabe muito sobre as relações sino-americanas", disse Jean-Pierre Cabestan, especialista em China da Universidade Batista de Hong Kong.

O estudioso disse que as relações com o novo governo conservador japonês são outra prioridade para Pequim. "Tenho certeza de que eles também estão um pouco preocupados com as guinadas direitistas na política doméstica e externa do Japão." A China vê com preocupação o "giro" estratégico dos EUA para a Ásia, temendo que isso seja parte de um esforço para conter a ascensão da China como potência global. Os dois países têm profundas discordâncias sobre muitos temas, do comércio aos direitos humanos.


China e Japão, segunda e terceira maiores economias mundiais, respectivamente, sempre tiveram relações problemáticas, por causa da ocupação japonesa em partes da China até o final da Segunda Guerra Mundial. Mas as relações se deterioraram drasticamente no ano passado, por causa da disputa por ilhotas desabitadas no mar do Leste da China.

Apesar da retórica agressiva e do temor de uma escalada militar, Tóquio e Pequim vêm tentando resgatar suas relações, num reconhecimento da importância dos seus vínculos econômicos e de investimentos. Wang, que fala japonês, deve poder ajudar nesse sentido.

"Será benéfico para as relações China-Japão, já que ele foi embaixador no Japão e conhece bem o Japão ... Deve ajudar na diplomacia e nas comunicações entre os dois lados", disse Huang Dahui, especialista em Japão na Universidade Renmin, em Pequim.

Wang, de 59 anos, é visto como um diplomata educado, capaz e tranquilo, que recebeu muitos elogios por seu papel na melhora das relações com Taiwan.

Outra área turbulenta com a qual Wang já lidou foi o contato com a Coreia do Norte, como representante da China, entre 2007 e 2008, nas negociações multilaterais para o desarmamento nuclear norte-coreano. A China é a principal aliada do regime comunista norte-coreano.

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Pequim - A China está sinalizando a intenção de resolver suas conturbadas relações com os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Norte, com a provável nomeação para os principais cargos diplomáticos de dois funcionários com grande experiência nesses países.

O chanceler Yang Jiechi, que foi embaixador nos EUA de 2001 a 2005 e fala inglês fluentemente, deve ser promovido a conselheiro estatal para política externa, segundo três fontes independentes. A China tem apenas cinco desses conselheiros, e o cargo está hierarquicamente acima do ministro de Relações Exteriores.

Yang, de 62 anos, deve ser substituído na chancelaria por Wang Yi, embaixador chinês no Japão entre 2004 e 2007, e ex-representante do governo de Pequim para a Coreia do Norte. Ambos devem ser aprovados para os novos cargos durante a sessão plenária anual do Parlamento, em março, segundo essas fontes.

"Yang Jiechi estará no banco do motorista, ele sabe muito sobre as relações sino-americanas", disse Jean-Pierre Cabestan, especialista em China da Universidade Batista de Hong Kong.

O estudioso disse que as relações com o novo governo conservador japonês são outra prioridade para Pequim. "Tenho certeza de que eles também estão um pouco preocupados com as guinadas direitistas na política doméstica e externa do Japão." A China vê com preocupação o "giro" estratégico dos EUA para a Ásia, temendo que isso seja parte de um esforço para conter a ascensão da China como potência global. Os dois países têm profundas discordâncias sobre muitos temas, do comércio aos direitos humanos.


China e Japão, segunda e terceira maiores economias mundiais, respectivamente, sempre tiveram relações problemáticas, por causa da ocupação japonesa em partes da China até o final da Segunda Guerra Mundial. Mas as relações se deterioraram drasticamente no ano passado, por causa da disputa por ilhotas desabitadas no mar do Leste da China.

Apesar da retórica agressiva e do temor de uma escalada militar, Tóquio e Pequim vêm tentando resgatar suas relações, num reconhecimento da importância dos seus vínculos econômicos e de investimentos. Wang, que fala japonês, deve poder ajudar nesse sentido.

"Será benéfico para as relações China-Japão, já que ele foi embaixador no Japão e conhece bem o Japão ... Deve ajudar na diplomacia e nas comunicações entre os dois lados", disse Huang Dahui, especialista em Japão na Universidade Renmin, em Pequim.

Wang, de 59 anos, é visto como um diplomata educado, capaz e tranquilo, que recebeu muitos elogios por seu papel na melhora das relações com Taiwan.

Outra área turbulenta com a qual Wang já lidou foi o contato com a Coreia do Norte, como representante da China, entre 2007 e 2008, nas negociações multilaterais para o desarmamento nuclear norte-coreano. A China é a principal aliada do regime comunista norte-coreano.

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