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China retoma programa de construção de centrais nucleares

"O governo decidiu retomar de maneira estável e ordenada a construção de novas centrais", afirma um comunicado oficial

Central nuclear de Qinshan, em Haiyan, na província chinesa de Zheijiang: a China tem uma situação nuclear complexa por utilizar diferentes tipos de reatores e tecnologias (©AFP/Arquivo)
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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2012 às 16h06.

Pequim - Mais de um ano e meio depois do acidente na central de Fukushima no Japão, a China autorizará a construção de um pequeno número de novas centrais nucleares, mas apenas na costa e não no interior do país como estava previsto em um primeiro momento.

"O governo decidiu retomar de maneira estável e ordenada a construção de novas centrais", afirma um comunicado oficial.

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O documento recorda que "durante o 12º plano quinquenal (2011-2015), apenas uma pequena quantidade de projetos de implantação de novas centrais serão aprovados depois de amplas consultas", enquanto "os projetos de centrais no interior não serão aprovados" no período.

Segundo a imprensa chinesa, três projetos de centrais nas províncias de Hunan e de Jiangxi (sul), assim como em Hubei (centro), que já haviam sido aprovados pelo governo em 2008, serão suspensos por pelo menos três anos.

O governo afirma que os novos reatores "devem estar de acordo com as normas de segurança de terceira geração", a dos reatores EPR da francesa Areva ou AP1000 da americana Westinghouse.

A China tem uma situação nuclear complexa por utilizar diferentes tipos de reatores e tecnologias, de origem francesa, americana e russa, além das desenvolvidas localmente.

Antes do acidente de Fukushima, em março de 2011, o objetivo da China era alcançar uma potência instalada de 86 gigawatts até 2020, contra apenas 12 gigawatts em 2011. Mas a imprensa afirma que a meta foi reduzida 40 gigawatts.

A China é o país que mais constrói centrais nucleares, mas este tipo de energia representa pouco mais de 1% do pacote energético do país, dominado principalmente pelo carvão (70%) seguido pela energia hidráulica (15%).

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