China quer 'linha' no pico do Everest para evitar Covid do Nepal
Grupo de alpinistas subirá ao ponto mais alto do mundo para estabelecer separação
Reuters
Publicado em 9 de maio de 2021 às 16h22.
Última atualização em 9 de maio de 2021 às 17h18.
A China estabelecerá "uma linha de separação" no cume do Monte Everest para evitar a mistura de alpinistas do Nepal atingido pela Covid daqueles que ascendem do lado tibetano, como medida de precaução, informou a mídia estatal chinesa neste domingo.
O acampamento na base do Everest, no lado nepalês, foi atingido por casos de coronavírus desde o fim de abril. O governo nepalês, carente de receitas do turismo, ainda não cancelou a temporada de escaladas na primavera, geralmente de abril ao início de junho, antes das chuvas das monções.
Não ficou claro como a linha seria aplicada no cume, uma área minúscula, perigosa e inóspita do tamanho de uma mesa de jantar.
Uma pequena equipe de guias de escalada tibetanos subirá o Everest e estabelecerá a "linha de separação" no cume para impedir qualquer contato entre montanhistas de ambos os lados do pico, informou a agência de notícias Xinhua, citando o chefe do escritório de esportes do Tibete.
Um grupo de 21 cidadãos chineses está a caminho da cúpula do lado tibetano, informou a Xinhua.
Os guias tibetanos estabelecerão a linha de separação antes de sua chegada, disse a agência de notícias estatal, sem descrever como seria a linha.
Também não estava claro se os guias tibetanos seriam os responsáveis pela "separação", ou se eles permaneceriam na chamada zona da morte - onde muitas vidas foram perdidas devido à falta de oxigênio - para manter a linha.