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China prende ativistas antes do 25º aniversário de massacre

Ativistas participaram de evento no fim de semana que pediu uma investigação da supressão dos protestos pró-democracia na Praça da Paz Celestial, em 1989


	Soldados chineses na Praça da Paz Celestial: prisões elevam os riscos de uma repressão aos dissidentes e demonstram o quanto os líderes chineses se preocupam com críticas 
 (Wang Zhao/AFP)

Soldados chineses na Praça da Paz Celestial: prisões elevam os riscos de uma repressão aos dissidentes e demonstram o quanto os líderes chineses se preocupam com críticas  (Wang Zhao/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 13h02.

Pequim - A China prendeu nesta terça-feira cinco ativistas pró-direitos humanos, disseram três advogados e um grupo defensor de direitos, depois que eles participaram de um evento no fim de semana que pediu uma investigação da supressão dos protestos pró-democracia na Praça da Paz Celestial, em 1989.

Entre os detidos está Pu Zhiqiang, destacado advogado que atua na defesa da liberdade de expressão e representa muitos dissidentes, incluindo o artista Ai Weiwei e um ativista do "Movimento dos Novos Cidadãos", um grupo que faz campanha para que os líderes chineses divulguem seus bens.

Ele também se opõe ao sistema de campos de trabalho forçado, que o governo aboliu, e aparecia em destaque na mídia estatal por causa daquela campanha - algo incomum para um crítico do governo.

Foram também detidos o dissidente Liu Di e o professor Xu Youyu, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, um círculo governamental que reúne pensadores, disse o advogado defensor de direitos humanos Shang Baojun, citando conversas que manteve com familiares de Liu e Xu.

Shang disse não saber do que Liu e Xu são acusados, já que suas famílias não receberam notificação das prisões.

Os dissidentes Hu Shigen e Hao Jian, professores da Academia de Cinema de Pequim, também foram detidos, de acordo com a entidade Defensores Chineses dos Direitos Humanos, grupo com sede na China.

As prisões elevam os riscos de uma repressão aos dissidentes e demonstram o quanto os líderes chineses se preocupam com críticas semanas antes do 25º aniversário das manifestações na Praça da Paz Celestial, em Pequim (em 4 de junho de 1989), esmagadas pelas forças chinesas.

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