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China perde esperança de achar sobreviventes de naufrágio

A embarcação virou devido a passagem de um tornado no local. O número de corpos achados aumentou para 77


	O rio Yang Tsé, na China: mais de 400 passageiros são chineses
 (Frederic J. Brown)

O rio Yang Tsé, na China: mais de 400 passageiros são chineses (Frederic J. Brown)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2015 às 12h42.

Jianli (China) -- As autoridades da China afirmaram nesta quinta-feira que não há esperança de encontrar mais pessoas vivas no navio naufragado há três dias em um trecho do rio Yang Tsé, no qual viajavam 456 pessoas e apenas 14 sobreviveram.

"Fizemos diversos buracos no casco... Os especialistas constataram que é improvável que haja sobreviventes. Não há esperança de encontrar pessoas com vida", afirmou Xu Chengguang, responsável pela operação de resgate, em entrevista coletiva.

As autoridades decidiram devolver a sua posição a embarcação acidentada, que virou por causa de um tornado, uma operação delicada para a qual tinham que confirmar que não havia ninguém ainda com vida no interior do navio.

O número de corpos achados aumentou para 77, segundo informou Xu, que explicou que agora a prioridade é "recolocar o navio em sua posição normal o mais rápido possível" para que seja possível explorar o interior da embarcação e fazer todo o possível para encontrar as vítimas.

Uma equipe formada por 500 pessoas está encarregada de virar o navio com cabos de aço e ao mesmo tempo fazendo pressão com a ajuda de duas embarcações de 500 toneladas cada. O processo é considerado difícil e já foi iniciado, mas ainda não tem previsão de término, de acordo com as autoridades.

A forte correnteza do rio e a pouca visibilidade na água dificultarão o trabalho dos mergulhadores que terão que enganchar cabos em diferentes partes do navio. "O trabalho submarino está sendo muito complicado", reconheceu o responsável pela operação.

O naufrágio do "Estrela Oriental", um navio turístico que percorria uma das rotas mais populares na China com diversos passageiros entre 50 e 80 anos, se tornou uma das piores tragédias fluviais do país.

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