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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
Washington - A China superou pela primeira vez aos Estados Unidos nos investimentos em energias renováveis em 2009, ano no que a Ásia e Oceania foram as regiões mais dinâmicas do mundo nesse setor, disse hoje o Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA).
Pelo segundo ano consecutivo, o investimento em energias limpas superou o gasto pelas fontes tradicionais na Europa e nos Estados Unidos, mas mesmo assim em 2009 não foi um bom ano para o setor nesses mercados, devido à crise econômica.
Após anos de crescimentos espetaculares, na Europa, o investimento caiu 10% em 2009, para US$ 43,7 bilhões, enquanto na América do Norte e a redução foi de 38%, o que a deixou em 20,7 bilhões, segundo o PNUMA, que apresentou hoje seu relatório anual ao respeito.
Por outro lado, na Ásia e Oceania subiu 30%, até os US$ 40,8 bilhões, graças particularmente à atividade na China e Índia, uma alta que situou a uma passagem de atalhar ao velho continente como a região líder das energias renováveis.
No Oriente Médio e África houve um aumento de 19%, embora a partir de um nível muito baixo, com o que a quantia total alcançou os US$ 2,5 bilhões no ano passado.
O investimento na América do Sul caiu 20%, para os US$ 11,6 bilhões, apesar de o Brasil produzir quase todo o etanol à base de cana-de-açúcar do mundo e também ter construído recentemente plantas eólicas e de processamento de biomassa.
No total, o investimento mundial em energias limpas caiu 7% em 2009 e se colocou em US$ 162 bilhões, de acordo com o relatório.
As maiores baixas foram registradas em grandes plantas de energia solar e em biocombustíveis, enquanto o investimento cata-ventos foi recorde, graças às novas instalações chinesas e a complexos eólicos no Mar do Norte.
Achim Steiner, o chefe do PNUMA, assinalou que em 2009 o setor demonstrou "resistência" diante da crise, já que a queda foi menor do que o previsto por muitos analistas.