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China não aceita acusações dos EUA sobre jornalistas

O governo chinês disse que não aceita as injustificáveis acusações dos EUA sobre o tratamento dado aos jornalistas estrangeiros na potência asiática


	Banca de jornais: Hong disse que "China aplica suas próprias leis e regulamentações ao tramitar assuntos relacionados com os meios de comunicação e os jornalistas"
 (AFP)

Banca de jornais: Hong disse que "China aplica suas próprias leis e regulamentações ao tramitar assuntos relacionados com os meios de comunicação e os jornalistas" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 10h44.

Pequim - O governo chinês declarou nesta sexta-feira que "não aceita as injustificáveis acusações" dos Estados Unidos, que manifestou sua "profunda preocupação" sobre o tratamento dado aos jornalistas estrangeiros na potência asiática após um correspondente do "The New York Times" na China ter sido forçado a abandonar o país.

"A China exige dos Estados Unidos que respeitem os fatos e sejam mais precavidos em suas ações e palavras", disse hoje o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei.

Na quinta-feira, a Casa Branca manifestou em comunicado sua "profunda preocupação" sobre o tratamento que a China dá aos jornalistas estrangeiros, e expressou seu decepção diante da situação do correspondente do "The New York Times" Austin Ramzy, que foi forçado a abandonar o país no dia em que seu visto provisório vencia.

Hong disse que a "China aplica suas próprias leis e regulamentações ao tramitar assuntos relacionados com os meios de comunicação e os jornalistas".

Segundo o porta-voz, Ramzy era correspondente na China da revista "Time" até maio quando deixou de trabalhar para a publicação. Depois, o jornalista informou ao Ministerio das Relações Exteriores que tinha renunciado e devolveu seu cartão de imprensa - imprescindível para trabalhar na China - ao departamento ministerial encarregado.

Posteriormente, o "The New York Times" entregou à China a solicitação para credenciar Ramzy como correspondente do jornal no país asiático, mas o pedido "ainda não foi aprovado".

De acordo com o porta-voz, Ramzy, ainda sem status como jornalista residente do "NYT", "não solicitou aos departamentos envolvidos mudar seu tipo de visto e permissão de residência, e continuou utilizando sua permissão já existente para entrar e sair da China".

"Isso constitui uma violação das leis e regulamentações" da potência asiática, enfatizou o porta-voz, e acrescentou que, de acordo a legislação, o visto do jornalista "expirou".

No entanto, o editor-chefe do "The New York Times" na China, Edward Wong, publicou em sua conta no Twitter esta semana que, "seguindo as normas, o "NYT" entregou a solicitação do visto para Austin Ramzy em junho passado. Eles não a aprovaram".

Como prova da suposta boa fé das autoridades chinesas, Hong declarou que o ministério concedeu ao jornalista um visto não trabalhista de 30 dias no final de ano por "assuntos humanitários", depois que o jornal americano informou que Ramzy tinha assuntos pessoais para resolver na China.

"Ramzy não foi deportado ou forçado a abandonar a China", ressaltou Hong.

Hong insistiu hoje que a China "continuará dando as boas-vindas aos jornalistas estrangeiros e protegendo seus direitos legítimos de acordo com a lei".

"Também esperamos que os repórteres estrangeiros obedeçam as leis chinesas e realizem suas coberturas de forma objetiva e justa", acrescentou. 

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