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China é mercado essencial no coração dos "Panama Papers"

Mas, além da presença de parentes de autoridades, a segunda maior economia mundial representava para a empresa do Panamá uma importante carteira de clientes

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	China: o escritório panamenho tem unidades nos centros financeiros de Xangai e Shenzhen
 (Philimon Bulawayo / Reuters)

China: o escritório panamenho tem unidades nos centros financeiros de Xangai e Shenzhen (Philimon Bulawayo / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2016, 09h15.

A Mossack Fonseca, no centro do escândalo dos "Panama Papers" sobre paraísos fiscais, tem mais escritórios na China que em qualquer outro país, apesar do regime comunista alegar que controla de maneira rígida a saída de capitais do país.

A análise de milhões de documentos procedentes do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca revelou a presença de vários nomes importantes da política chinesa.

Mas, além da presença de parentes de autoridades - incluindo pessoas ligadas ao presidente Xi Jingping —, a segunda maior economia mundial representava para a empresa do Panamá uma importante carteira de clientes.

Mossack Fonseca, especializada na criação de empresas offshores e na elaboração de peças jurídicas para ocultar a procedência dos fundos investidos, possui escritórios em oito cidades chinesas.

O escritório panamenho tem unidades nos centros financeiros de Xangai e Shenzhen, nos portos de Dalian, Qingdao e Ningbo, Hangzhou — uma metrópole industrial próxima de Xangai — ou na capital provincial de Jinan (Shandong, leste), um centro da indústria de carvão.

A lista é completada com a praça financeira de Hong Kong, um território que dispõe de uma grande autonomia e via de acesso privilegiada à China continental.

Justamente em Hong Kong o escritório panamenho tem o maior número de "intermediários" (advogados, bancos, etc) que enviam clientes, muito à frente do Reino Unido e Suíça, de acordo com os dados revelados por mais de 100 meios de comunicação coordenados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).

Um relatório interno da Mossack Fonseca estabeleceu, segundo o jornal The Guardian, que a maior proporção de clientes da empresa procedia da China continental, seguida por Hong Kong.

Os "Panama Papers" revelam a presença de pelo menos oito membros, antigos ou atuais, do poderoso comitê permanente do Gabinete Político do Partido Comunista chinês entre os clientes do escritório panamenho, assim como vários integrantes da família de Xi Jingping.

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