Mundo

China diz que valorização do iuane não resolve desemprego nos EUA

Pequim - O Governo chinês reforçou hoje que a valorização do iuane como quer Washington não resolverá os problemas de desemprego, excesso de consumo e baixo nível de economia dos Estados Unidos. Assim respondeu o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores chinês Qin Gang às críticas feitas pelo presidente americano Barack Obama, e o secretário […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2010 às 07h56.

Pequim - O Governo chinês reforçou hoje que a valorização do iuane como quer Washington não resolverá os problemas de desemprego, excesso de consumo e baixo nível de economia dos Estados Unidos.

Assim respondeu o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores chinês Qin Gang às críticas feitas pelo presidente americano Barack Obama, e o secretário de Comércio, Gary Locke, pela baixa valorização da moeda chinesa nas vésperas do início da cúpula do Grupo dos Vinte (G20, os países ricos e as principais economias em desenvolvimento) e em Toronto, Canadá, neste fim de semana.

No sábado passado, Pequim anunciou que flexibilizaria o câmbio do iuane, que tinha permanecido estagnado em 6,8275 unidades por dólar desde o início da crise em 2008, e na segunda-feira o iuane se valorizou 0,45%, para os 6,7958 unidades, seu nível mais alto desde 1993.

Na terça-feira, a moeda recuou 0,30, por isso que o acumulado da semana é de aumento de 0,19%. Ao meio-dia de hoje, o também chamado "renminbi" ("moeda do povo") ou "kuai" se situava a 6,8135 unidades com relação ao dólar, quase ao mesmo nível de ontem.

Diante de uma possível avalanche de críticas que possam receber os líderes chineses, incluído o presidente Hu Jintao, por manter elevado o iuane, o porta-voz Qin pediu a Washington que não "politize o problema do iuane", já que essa postura "não beneficiará ninguém".

"Eu gostaria de ressaltar que o mecanismo do câmbio do iuane não é a causa do desequilíbrio comercial entre China e os EUA", argumentou Qin, um déficit que nos quatro primeiros meses do ano alcançou os US$ 71 bilhões, segundo dados oficiais americanos.

Pequim culpa pelo desequilíbrio à "globalização" e há anos pede a Washington que os EUA permitam a exportação de produtos de alta tecnologia à China, algo que os americanos se negam pela facilidade com o fim do país asiático pode copiá-los.

Leia mais notícias sobre a China

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCâmbioChinaDesempregoEstados Unidos (EUA)IuaneMoedasPaíses ricos

Mais de Mundo

Maduro afirma que começa nova etapa na 'poderosa aliança' da Venezuela com Irã

Presidente da Colômbia alega ter discutido com Milei na cúpula do G20

General norte-coreano é ferido em Kursk, diz jornal dos EUA

O que se sabe sobre o novo míssil balístico russo Oreshnik, usado em ataque na Ucrânia