Mundo

China denuncia aproximação de navio militar dos EUA de ilhas

A presença do navio é o desafio mais significativo dos EUA aos limites territoriais que a China impõe em torno das ilhas do arquipélago de Straptly


	Navio USS Lassen da marinha americana em território chinês: uma autoridade de defesa norte-americana disse que o USS Lassen navegou a 12 milhas náuticas do recife de Subi
 (Reuters / Marinha dos EUA)

Navio USS Lassen da marinha americana em território chinês: uma autoridade de defesa norte-americana disse que o USS Lassen navegou a 12 milhas náuticas do recife de Subi (Reuters / Marinha dos EUA)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2015 às 07h18.

Washington / Pequim - Um navio contratorpedeiro com mísseis guiados da Marinha dos Estados Unidos navegou próximo a ilhas artificiais chinesas no disputado Mar do Sul da China nesta terça-feira, gerando uma firme repressão de Pequim, que disse ter alertado e seguido a embarcação norte-americana.

A presença do USS Lassen é o desafio mais significativo dos EUA até o momento aos limites territoriais de 12 milhas náuticas que a China impõe em torno das ilhas do arquipélago de Straptly, e poderia elevar as tensões em uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo.

Uma autoridade de defesa norte-americana disse que o USS Lassen navegou a 12 milhas náuticas do recife de Subi.

Uma segunda autoridade da Defesa disse que a missão, que durou algumas horas, incluiu o recife de Mischief e seria a primeira em uma série de exercícios de liberdade de navegação, com objetivo de testar as reivindicações territoriais chinesas.

O Ministério das Relações Exteriores da China informou que as "autoridades relevantes" monitoraram, seguiram e alertaram a embarcação norte-americana, à medida que entrava "ilegalmente" em águas próximas a ilhas e recifes em Spratly sem a permissão do governo chinês.

"A China decididamente irá responder às provocações deliberadas de qualquer país", informou o ministério em nota, que não deu detalhes precisos sobre onde o navio dos EUA navegou.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Lu Kang disse posteriormente, durante informe diário, que caso os Estados Unidos continuassem a "criar tensões na região", a China poderia concluir que precisaria "aumentar e fortalecer nossas habilidades relevantes".

"A China espera usar meios pacíficos para resolver todas as disputadas, mas caso a China precise fazer uma resposta, então o tempo, método e velocidade da resposta serão feitos de acordo com os desejos e vontades da China", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaEstados Unidos (EUA)MarinhaPaíses ricos

Mais de Mundo

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal

Milei insiste em flexibilizar Mercosul para permitir acordos comerciais com outros países

Trump escolhe Stephen Miran para chefiar seu conselho de assessores econômicos