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China critica 'expansão desenfreada das alianças militares'

A China alertou que qualquer tentativa de criar uma aliança similar à Otan na região Ásia-Pacífico provocaria conflitos

Wang fez suas críticas ao apresentar um amplo programa com metas de política externa da China para os próximos anos (AFP/AFP)

Wang fez suas críticas ao apresentar um amplo programa com metas de política externa da China para os próximos anos (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 26 de setembro de 2023 às 07h43.

A China é contrária à "expansão desenfreada das alianças militares", afirmou nesta terça-feira, 26, o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, na mais recente de uma série de advertências de Pequim, no momento em que o governo dos Estados Unidos aprofunda suas alianças de segurança na região Ásia-Pacífico.

Em uma entrevista coletiva, Wang afirmou que a China "se oporá à expansão desenfreada das alianças militares e à redução do espaço de segurança de outros países".

Também disse que Pequim tentará "solucionar as divergências e disputas entre países por meio do diálogo e das consultas", sem revelar a que nações fazia referência.

Alianças e conflitos

A China alertou que qualquer tentativa de criar uma aliança similar à Otan na região Ásia-Pacífico provocaria conflitos.

Também afirmou que a expansão acelerada da Otan no leste da Europa é parcialmente responsável pela invasão da Rússia ao território da Ucrânia.

Wang se negou a confirmar se o presidente Xi Jinping viajará aos Estados Unidos para uma reunião com o homólogo americano, Joe Biden.

Existe a expectativa de uma reunião entre os dois presidentes durante p encontro de cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, que acontecerá entre 14 e 16 de novembro em San Francisco, mas Wang não confirmou a participação de de Xi no evento.

Política externa da China

Wang fez suas críticas ao apresentar um amplo programa com metas de política externa da China para os próximos anos.

"Construir uma comunidade global de futuro compartilhado é o caminho a seguir para todos os povos do mundo", afirma o documento divulgado pela agência estatal Xinhua.

"Porém, não é uma meta para ser alcançada da noite para o dia e não haverá navegação fácil", acrescenta o texto.

O documento também aborda a guerra da Rússia na Ucrânia, reiterando um texto divulgado há alguns meses pela China que foi considerado conciliatório em relação a Moscou.

As potências ocidentais alertaram que as propostas chinesas poderiam permitir à Rússia manter grande parte do território que ocupou na Ucrânia.

"Os conflitos e guerras não produzem vencedores", afirma o documento divulgado nesta terça-feira, ao mesmo tempo que acrescenta: "Não há solução simples para uma questão complexa".

O texto contém uma série propostas para abordar vários desafios globais, como a mudança climática, a pobreza e a segurança.

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