Exame Logo

China avisa que responderá contra ações dos EUA sobre Hong Kong

Donald Trump quer eliminação do tratamento especial dado a Hong Kong para punir a China, após imposição de lei de segurança sobre a província

Bandeira da China e dos EUA: porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse que seu país se opõem com firmeza às ações dos EUA (Hyungwon Kang/Reuters)
R

Reuters

Publicado em 1 de junho de 2020 às 09h25.

Última atualização em 1 de junho de 2020 às 09h40.

A China disse nesta segunda-feira que as tentativas dos Estados Unidos de prejudicar seus interesses serão enfrentadas com contrapartidas firmes, criticando uma decisão norte-americana de começar a encerrar o tratamento especial dispensado a Hong Kong e ações contra estudantes e empresas chinesas.

Na semana passada, o Parlamento chinês votou pela imposição de uma lei de segurança nacional para Hong Kong que o presidente dos EUA, Donald Trump, descreveu na sexta-feira como uma tragédia para o povo da cidade e que violou a promessa chinesa de proteger a autonomia da ilha.

Veja também

Trump ordenou que seu governo inicie o processo de eliminação do tratamento especial dado a Hong Kong para punir a China, o que envolverá desde o tramite para extradições até controles sobre as exportações.

Mas ele não chegou a pedir o fim imediato dos privilégios que ajudam a ex-colônia britânica a continuar sendo um centro financeiro global.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China , Zhao Lijian, disse que seu país se opõem com firmeza às ações dos EUA.

"As medidas anunciadas interferem gravemente com os assuntos internos da China, danificam as relações EUA-China e prejudicarão os dois lados. A China se opõe com firmeza a isto", disse Zhao aos repórteres durante uma entrevista.

"Quaisquer palavras ou ações dos EUA que prejudiquem os interesses da China se depararão com um contra-ataque firme da China."

Fontes da agência de notícias Reuters também afirmam que a China pediu a suas empresas estatais quesuspendam compras de soja e carne suína dos Estados Unidos.

Mas o mercado acionário de Hong Kong subiu mais de 3% nesta segunda-feira, já que os investidores se tranquilizaram ao ver que Trump não acabou com os privilégios especiais dos EUA de imediato.

"Os formuladores de política chineses provavelmente gostariam de ver precisamente o que os EUA implantam antes de reagirem com novos ajustes de políticas ou sua própria retaliação", escreveu a Goldman Sachs em um boletim no domingo.

Ao fazer o anúncio de sexta-feira, Trump empregou uma retórica dura como poucas vezes antes contra a China, dizendo que o país asiático descumpriu sua palavra a respeito da autonomia de Hong Kong ao decidir a imposição de uma nova lei de segurança nacional e que o território não justifica mais os privilégios econômicos dos EUA.

Trump disse que a "conduta ilegal" da China é responsável por um sofrimento maciço e por danos econômicos em todo o mundo e que sua nação também imporá sanções a indivíduos considerados responsáveis por "sufocar – sufocar totalmente – a liberdade de Hong Kong".

Sanções

 

Acompanhe tudo sobre:ChinaEstados Unidos (EUA)Hong Kong

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame