Chilenos aprovam reforma que eleva impostos sobre empresas
Deputados referendaram por uma ampla maioria o pacote de medidas que pretende arrecadar US$8,2 bilhões
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2014 às 08h18.
Santiago - A ambiciosa reforma tributária que o Governo chileno pretende implementar passou na quarta-feira à noite pelo primeiro obstáculo, ao ser aprovado na Câmara dos Deputados um aumento no imposto sobre as grandes empresas e alterações na tributação de seus rendimentos.
Depois de uma maratônica discussão, os deputados referendaram por uma ampla maioria o pacote de medidas que pretende arrecadar 8,2 bilhões de dólares ou o equivalente a 3 por cento do Produto Interno Bruto para financiar mudanças profundas na educação e melhorias na saúde.
"Hoje celebramos porque demos um passo muito importante (...) e é uma realidade cada vez mais próxima que em 2014 estaremos implementando a reforma para cumprir os sonhos do país", disse a jornalistas o ministro da Fazenda, Alberto Arenas.
Além da melhora na educação e do fortalecimento das finanças, o governo da presidente socialista Michele Bachelet busca o crescimento mais equitativo para enfrentar a desigualdade em um dos países com pior distribuição de riqueza na América Latina.
![1) França](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_torre-eiffel8.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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Em meio a uma série de dificuldades econômicas e mudanças no sistema tributário, a França subiu entre os países que mais cobram tributos, especialmente por uma folha de pagamentos mais pesada, apontou o estudo.
![2) Itália](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_torre-de-pisa1.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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A pontuação do país aumentou 23,3 pontos entre a última pesquisa, realizada em 2010, e o estudo deste ano. Parte disso aconteceu porque a Itália aplicou em 2010 incentivos tributários para novos negócios, medida que já venceu.
![3) Japão](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_ruas-toquio.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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A análise da KPMG apontou que o Japão lançou um grande esforço para reduzir os impostos sobre lucros entre 2012 e 2015. Essas medidas, porém, acabaram sendo anuladas pela apreciação da moeda japonesa nos últimos dois anos, que aumenta o custo em dólares de outras taxas no Japão, e por um aumento modesto nos custos trabalhistas.
![4) Brasil](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_faria_lima_anoitecer_5901.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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![5) Austrália](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_vista-aerea-de-sidney-com-opera-house-e-ponte9.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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O país registrou o maior aumento entre os países pesquisados, com adição de 44,3 pontos entre o resultado de 2010 e deste ano. Além de uma apreciação da moeda australiana (que aumenta o custo em dólares dos tributos), o país fez mudanças em uma lei de incentivo para pesquisa e desenvolvimento implementada em 2011.
![6) Alemanha](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_frio-europa-23.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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O país reduziu um pouco sua pontuação. Na última pesquisa da KPMG, a Alemanha marcou 124,1% de TTI em relação ao país-base do estudo.
![7) Estados Unidos](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_estatua-da-liberdade-em-nova-york6.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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O país tem a taxa de referência para o ranking. Assim, sua posição muda ao longo dos anos de acordo com os dados dos outros países. A pesquisa apontou que nos Estados Unidos a diferença entre a cidade que mais cobra impostos (São Francisco) para a que menos cobra (Cincinnati) é de 25,8 pontos.
![8) Países Baixos](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_the-brouwersgracht-amsterda6.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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Embora esteja na lista dos 10 mais, o país cobra menos tributos do que os Estados Unidos, país que nivela a pesquisa. Com um sistema de cobrança bem centralizado, a diferença de carga de impostos entre a cidade que mais cobra e a que menos cobra é pequena, de apenas 0,5 ponto.
![9) Reino Unido](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_tower-bridge-londres4.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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A carga de tributos cobrada no país diminuiu 14,8 pontos entre a última pesquisa e a mais recente, maior queda entre os países pesquisados. A variação é efeito, principalmente, de mudanças de regra para uma menor cobrança de impostos sobre lucros das empresas. As regras já reduziram em 2% esses encargos e devem promover uma nova redução de 3% até 2014.
![10) Rússia](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_pracavermelha9.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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Assim como Índia, China e Brasil, a Rússia entrou no estudo neste ano e não há assim comparação com a pesquisa anterior. Além dos países do ranking, Índia, Canadá, China e México também foram pesquisados e são os quatro países da ponta contrária, que menos cobram impostos de suas empresas.
![Agora conheça os países mestres em competitividade](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_centro-congressos-davos1.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
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