O Copahue, que tem 3 mil metros de altura e fica na Cordilheira dos Andes, situa-se no limite das regiões de Neuquén, na Argentina, e Biobío, no Chile (Michel Lefèvre/AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2013 às 15h49.
Santiago - Pequenos pecuaristas que vivem nas proximidades do vulcão chileno Copahue, cuja erupção é aguardada a qualquer momento, concordaram nesta quarta-feira em sair da região, assim que as autoridades se comprometeram a retirar também seus animais.
Desde as primeiras horas desta quarta-feira, mulheres e crianças entraram em ônibus carregando apenas uma sacola com roupas e documentos e tomaram a direção a aldeias mais distantes do Copahue, que segundo especialistas têm 95% de chances de lançar magma e nuvens piroclásticas.
A retirada obrigatória de 2.240 pessoas deveria ter sido iniciada na terça-feira, mas os moradores locais se negaram a deixar suas casas sem que seus animais, que totalizam cerca de 20 mil cabeças de gado, fossem levados para locais seguros. Como o acordo entre os pecuaristas e o governador regional Víctor Lobos só aconteceu ao anoitecer, a transferência de pessoas e animais sofreu um grande atraso.
O Copahue, que tem 3 mil metros de altura e fica na Cordilheira dos Andes, situa-se no limite das regiões de Neuquén, na Argentina, e Biobío, no Chile. Os moradores do lado argentino do maciço foram retirados na segunda-feira.
A última vez que o Copahue entrou em erupção foi em dezembro, quando lançou uma coluna de fumaça, gases e cinzas a 1.500 metros de altura.
A retirada da população local é obrigatória porque, segundo os especialistas do Serviço Nacional de Geologia e Mineralogia do Observatório Vulcanológico do Sul dos Andes, "a subida de um corpo magmático", ou material em estado de fusão, no interior da terra, nas camadas mais superficiais do vulcão, "entrou num processo sem retorno". As informações são da Associated Press.