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Chefes de espionagem dos EUA depõem ao Congresso

Chefes de agências depõem desta vez diante da indignação de aliados europeus, principalmente a Alemanha

Prédio NSA: novas denúncias sobre a espionagem a aliados na Europa obrigaram a Casa Branca a prometer reformas e até mesmo a admitir que a vigilância eletrônica norte-americana foi longe demais (NSA/Divulgação via Reuters)
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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 08h53.

Washington - Os chefes das agências de espionagem dos EUA voltam nesta terça-feira ao Congresso para depor, desta vez diante da indignação de aliados europeus, principalmente a Alemanha, devido à possibilidade de que cidadãos e governantes alemães tenham sido monitorados.

Os diretores das agências de inteligência já depuseram ao Congresso semanas atrás, quando foi revelado que a Agência de Segurança Nacional ( NSA ) havia recolhido informações sobre telefonemas e comunicações digitais de milhões de norte-americanos.

Mais do que nas primeiras revelações feitas pelo ex-prestador de serviço da NSA Edward Snowden, as novas denúncias sobre a espionagem a aliados na Europa obrigaram a Casa Branca a prometer reformas e até mesmo a admitir que a vigilância eletrônica norte-americana foi longe demais.

"Reconhecemos que precisa haver restrições adicionais acerca de como reunimos e usamos a inteligência", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, na segunda-feira.

A senadora Dianne Feinstein, presidente da Comissão de Inteligência do Senado, somou-se aos críticos na segunda-feira, recriminando a coleta de informações sobre aliados e o fato de sua comissão não ter sido avisada.

"A respeito da coleta de inteligência da NSA sobre líderes de aliados dos EUA --incluindo França, Espanha, México e Alemanha--, deixe-me declarar inequivocamente: sou totalmente contrária", disse Feinstein, que pareceu assim confirmar a queixa alemã de que a chanceler alemã, Angela Merkel, teve seu telefone celular grampeado desde 2002.


As revelações de Snowden também abalaram as relações dos EUA com o Brasil, que segundo denúncias foi outro alvo dos programas de espionagem da NSA.

A presidente Dilma Rousseff cancelou uma visita de Estado que faria a Washington este mês após denúncia de que teve suas próprias comunicações pessoais monitoradas pela agência norte-americana.

A Casa Branca esta revendo o funcionamento dos programas de inteligência depois dos vazamentos de informações sigilosas feitos por Snowden, que hoje está asilado na Rússia.

O diretor da NSA, general Keith Alexander, seu adjunto, Chris Inglis, o diretor de Inteligência Nacional, James Clapper, e o secretário-adjunto de Justiça, James Cole, vão depor em uma audiência pública na Comissão de Inteligência da Câmara a partir das 13h30 (15h30 em Brasília).

O depoimento abrangerá os programas da NSA e potenciais mudanças na Lei da Vigilância de Inteligência Estrangeira, que regulamenta a espionagem eletrônica.

"A Comissão de Inteligência da Câmara continua a avaliar várias propostas para melhorar a transparência e fortalecer as proteções à privacidade de modo a aprimorar a confiança do público norte-americano na confiança dos nossos programas (de monitoramento)", disse Susan Phalen, porta-voz do presidente da comissão, o deputado republicano Mike Rogers.

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Washington - Os chefes das agências de espionagem dos EUA voltam nesta terça-feira ao Congresso para depor, desta vez diante da indignação de aliados europeus, principalmente a Alemanha, devido à possibilidade de que cidadãos e governantes alemães tenham sido monitorados.

Os diretores das agências de inteligência já depuseram ao Congresso semanas atrás, quando foi revelado que a Agência de Segurança Nacional ( NSA ) havia recolhido informações sobre telefonemas e comunicações digitais de milhões de norte-americanos.

Mais do que nas primeiras revelações feitas pelo ex-prestador de serviço da NSA Edward Snowden, as novas denúncias sobre a espionagem a aliados na Europa obrigaram a Casa Branca a prometer reformas e até mesmo a admitir que a vigilância eletrônica norte-americana foi longe demais.

"Reconhecemos que precisa haver restrições adicionais acerca de como reunimos e usamos a inteligência", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, na segunda-feira.

A senadora Dianne Feinstein, presidente da Comissão de Inteligência do Senado, somou-se aos críticos na segunda-feira, recriminando a coleta de informações sobre aliados e o fato de sua comissão não ter sido avisada.

"A respeito da coleta de inteligência da NSA sobre líderes de aliados dos EUA --incluindo França, Espanha, México e Alemanha--, deixe-me declarar inequivocamente: sou totalmente contrária", disse Feinstein, que pareceu assim confirmar a queixa alemã de que a chanceler alemã, Angela Merkel, teve seu telefone celular grampeado desde 2002.


As revelações de Snowden também abalaram as relações dos EUA com o Brasil, que segundo denúncias foi outro alvo dos programas de espionagem da NSA.

A presidente Dilma Rousseff cancelou uma visita de Estado que faria a Washington este mês após denúncia de que teve suas próprias comunicações pessoais monitoradas pela agência norte-americana.

A Casa Branca esta revendo o funcionamento dos programas de inteligência depois dos vazamentos de informações sigilosas feitos por Snowden, que hoje está asilado na Rússia.

O diretor da NSA, general Keith Alexander, seu adjunto, Chris Inglis, o diretor de Inteligência Nacional, James Clapper, e o secretário-adjunto de Justiça, James Cole, vão depor em uma audiência pública na Comissão de Inteligência da Câmara a partir das 13h30 (15h30 em Brasília).

O depoimento abrangerá os programas da NSA e potenciais mudanças na Lei da Vigilância de Inteligência Estrangeira, que regulamenta a espionagem eletrônica.

"A Comissão de Inteligência da Câmara continua a avaliar várias propostas para melhorar a transparência e fortalecer as proteções à privacidade de modo a aprimorar a confiança do público norte-americano na confiança dos nossos programas (de monitoramento)", disse Susan Phalen, porta-voz do presidente da comissão, o deputado republicano Mike Rogers.

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