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Chefe policial da Cidade do México renuncia após críticas

O prefeito da Cidade do México anunciou a renúncia do secretário de Segurança Pública, em meio a críticas pela atuação da polícia em protestos

Policiais observam fazendeiros durante protesto na Cidade do México por caso de estudantes desaparecidos (Carlos Jasso/Reuters)

Policiais observam fazendeiros durante protesto na Cidade do México por caso de estudantes desaparecidos (Carlos Jasso/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2014 às 22h26.

México - O prefeito da Cidade do México, Miguel Ángel Mancera, anunciou nesta sexta-feira a renúncia de seu secretário de Segurança Pública, em meio a fortes críticas pela atuação de sua polícia nos recentes protestos pelo desaparecimento de 43 estudantes.

A cidade do México tem sido palco, nos últimos meses, de protestos em massa pelo desaparecimento e presumido massacre dos 43 estudantes, no estado de Guerrero, tendo algumas delas acabado em confusão protagonizada por pequenos grupos que enfrentaram a polícia.

Entre outros atos de vandalismo, estes grupos tentaram derrubar e incendiar a porta principal do emblemático Palácio Nacional e destruir dezenas de estabelecimentos comerciais e agências bancárias no centro da capital.

No entanto, a maioria dos manifestantes detidos pela polícia nesses protestos foram soltos em seguida por falta de provas.

Organizações da sociedade civil afirmaram que os policiais cometeram agressões indiscriminadas contra ativistas, jornalistas e outros cidadãos nas manifestações.

"É preocupante que elementos da segurança pública, garantidores dos direitos humanos, sejam os principais agressores de civis que exercem seu direito ao protesto de maneira pacífica", alertou esta semana Artículo 19, uma ONG internacional de defesa da liberdade de expressão.

Os protestos na Cidade do México demonstram a indignação sem precedentes pelos ataques, no dia 26 de setembro, de policiais da cidade de Iguala contra os estudantes.

Segundo as investigações, os policiais entregaram os 43 estudantes a pistoleiros do narcotráfico, que os assassinaram e incendiaram seus corpos, uma versão que os pais dos jovens se negam a acreditar até que sejam apresentadas provas concretas.

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