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Chávez volta de surpresa à Venezuela e provoca festejos

No entanto, não houve nenhuma informação nova sobre suas condições, nem imagens de sua chegada

Hugo Chávez está se recuperando de uma cirurgia contra o câncer que ameaça encerrar seus 14 anos na Presidência do país exportador de petróleo (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou de surpresa de Cuba nesta segunda-feira, após mais de dois meses se recuperando de uma cirurgia contra o câncer que ameaça encerrar seus 14 anos na Presidência do país exportador de petróleo.

O retorno durante a madrugada do líder socialista, de 58 anos, representa alguma melhora em seu estado de saúde, ao menos o bastante para aguentar várias horas de voo, e renova as esperanças dos partidários de que Chávez voltará ao trabalho.

No entanto, não houve nenhuma informação nova sobre suas condições, nem imagens de sua chegada, e assessores próximos dizem que seu estado permanece "complexo".

O ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, garantiu a uma rádio local que a volta de Chávez significa "um pequeno avanço", "uma pequena vitória".

"O fato de que tenha voltado a Havana não significa que o presidente deixou de estar na circunstância difícil ... segue estando em uma situação delicada, complexa", disse Villegas à emissora Unión Radio.

A falta de informação sobre sua doença não deixou claro se ele voltou para assumir o novo mandato que conquistou em outubro ou para começar uma sucessão que incluiria novas eleições, com o vice-presidente Nicolás Maduro como candidato depois que o próprio Chávez o nomeou seu sucessor político.

"Voltamos à pátria venezuelana. Obrigado, meu Deus! Obrigado povo amado. Aqui continuaremos o tratamento", disse Chávez no Twitter.

Após uma operação com seis horas de duração em Cuba no dia 11 de dezembro, Chávez não era visto nem ouvido em público desde então, até que fotos dele foram publicadas na sexta-feira.

Havia especulações de que Chávez não estaria bem o bastante para viajar apesar de desejar voltar à Venezuela para dar prosseguimento ao tratamento contra o câncer, que foi diagnosticado pela primeira vez em junho de 2011.

"Continuo agarrado a Cristo e acreditando nos meus enfermeiros e médicos. A caminho da vitória sempre! Vamos viver e vamos conquistar", Chávez também escreveu no Twitter nesta segunda.


Comemoração com fogos

Maduro disse que Chávez desembarcou de madrugada e estava internado em um hospital militar de Caracas, onde uma multidão rapidamente se formou cantando e dançando.

O retorno de Chávez provocou comemorações de seus simpatizantes ao redor do país de 29 milhões de habitantes, onde suas políticas de bem-estar social fizeram dele um herói para os pobres.

"É uma notícia fabulosa, a melhor coisa possível", disse à Reuters o primo de Chávez Guillermo Frias, falando da área rural onde o presidente nasceu, no Estado de Barinas. "A Venezuela estava esperando por ele, todo mundo quer vê-lo. Bem-vindo de volta! Graças a Deus ele voltou!" Fogos de artifício foram ouvidos em alguns bairros de Caracas após a divulgação da notícia da volta do presidente, e muitos "chavistas" celebraram nas ruas.

Ministros comemoraram bastante, um deles cantando "Ele voltou, ele voltou" ao vivo na TV estatal. Maduro afirmou: "Estamos muito felizes".

A operação de Chávez em Havana foi a quarta contra o câncer diagnosticado pela primeira vez na região pélvica em junho de 2011.

Na sexta-feira, o governo publicou fotos mostrando Chávez deitado numa cama de hospital em Cuba. Autoridades disseram que ele estava respirando com a ajuda de um tubo traqueal e com dificuldades para falar.

Nos últimos dias, assessores de Chávez enfatizaram que as condições permaneciam delicadas. "É um situação complexa, difícil, mas Chávez está lutando e combatendo por sua vida", disse o chanceler Elias Jaua durante o fim de semana.


Possível eleição

A oposição tem criticado o governo pelos segredos sobre as condições de Chávez, e alguns adversários cobraram uma declaração formal de que ele não tem condições de governar. Assim uma nova eleição teria de ser convocada em 30 dias, provavelmente entre Maduro e o líder oposicionista Henrique Capriles.

"A incerteza sobre uma possível eleição presidencial permanece intacta, apesar da volta do presidente", disse o analista político Luis Vicente Leon.

Após ser reeleito em outubro do ano passado e ter se declarado curado da doença, Chávez não pôde comparecer à sua própria cerimônia de posse em janeiro porque precisou viajar de urgência para uma nova operação em Cuba.

Apesar disso, a Suprema Corte da Venezuela decretou que ele continuava como presidente e poderia tomar posse em outro momento, o que enfureceu a oposição. Ele agora poderia tomar posse até mesmo no hospital.

A volta de Chávez ofuscou um debate nacional sobre a recente desvalorização da moeda local. A medida foi considerada muito impopular entre os venezuelanos, e os partidos de oposição tentaram relacioná-la como um sinal da incompetência econômica do governo.

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O retorno durante a madrugada do líder socialista, de 58 anos, representa alguma melhora em seu estado de saúde, ao menos o bastante para aguentar várias horas de voo, e renova as esperanças dos partidários de que Chávez voltará ao trabalho.

No entanto, não houve nenhuma informação nova sobre suas condições, nem imagens de sua chegada, e assessores próximos dizem que seu estado permanece "complexo".

O ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, garantiu a uma rádio local que a volta de Chávez significa "um pequeno avanço", "uma pequena vitória".

"O fato de que tenha voltado a Havana não significa que o presidente deixou de estar na circunstância difícil ... segue estando em uma situação delicada, complexa", disse Villegas à emissora Unión Radio.

A falta de informação sobre sua doença não deixou claro se ele voltou para assumir o novo mandato que conquistou em outubro ou para começar uma sucessão que incluiria novas eleições, com o vice-presidente Nicolás Maduro como candidato depois que o próprio Chávez o nomeou seu sucessor político.

"Voltamos à pátria venezuelana. Obrigado, meu Deus! Obrigado povo amado. Aqui continuaremos o tratamento", disse Chávez no Twitter.

Após uma operação com seis horas de duração em Cuba no dia 11 de dezembro, Chávez não era visto nem ouvido em público desde então, até que fotos dele foram publicadas na sexta-feira.

Havia especulações de que Chávez não estaria bem o bastante para viajar apesar de desejar voltar à Venezuela para dar prosseguimento ao tratamento contra o câncer, que foi diagnosticado pela primeira vez em junho de 2011.

"Continuo agarrado a Cristo e acreditando nos meus enfermeiros e médicos. A caminho da vitória sempre! Vamos viver e vamos conquistar", Chávez também escreveu no Twitter nesta segunda.


Comemoração com fogos

Maduro disse que Chávez desembarcou de madrugada e estava internado em um hospital militar de Caracas, onde uma multidão rapidamente se formou cantando e dançando.

O retorno de Chávez provocou comemorações de seus simpatizantes ao redor do país de 29 milhões de habitantes, onde suas políticas de bem-estar social fizeram dele um herói para os pobres.

"É uma notícia fabulosa, a melhor coisa possível", disse à Reuters o primo de Chávez Guillermo Frias, falando da área rural onde o presidente nasceu, no Estado de Barinas. "A Venezuela estava esperando por ele, todo mundo quer vê-lo. Bem-vindo de volta! Graças a Deus ele voltou!" Fogos de artifício foram ouvidos em alguns bairros de Caracas após a divulgação da notícia da volta do presidente, e muitos "chavistas" celebraram nas ruas.

Ministros comemoraram bastante, um deles cantando "Ele voltou, ele voltou" ao vivo na TV estatal. Maduro afirmou: "Estamos muito felizes".

A operação de Chávez em Havana foi a quarta contra o câncer diagnosticado pela primeira vez na região pélvica em junho de 2011.

Na sexta-feira, o governo publicou fotos mostrando Chávez deitado numa cama de hospital em Cuba. Autoridades disseram que ele estava respirando com a ajuda de um tubo traqueal e com dificuldades para falar.

Nos últimos dias, assessores de Chávez enfatizaram que as condições permaneciam delicadas. "É um situação complexa, difícil, mas Chávez está lutando e combatendo por sua vida", disse o chanceler Elias Jaua durante o fim de semana.


Possível eleição

A oposição tem criticado o governo pelos segredos sobre as condições de Chávez, e alguns adversários cobraram uma declaração formal de que ele não tem condições de governar. Assim uma nova eleição teria de ser convocada em 30 dias, provavelmente entre Maduro e o líder oposicionista Henrique Capriles.

"A incerteza sobre uma possível eleição presidencial permanece intacta, apesar da volta do presidente", disse o analista político Luis Vicente Leon.

Após ser reeleito em outubro do ano passado e ter se declarado curado da doença, Chávez não pôde comparecer à sua própria cerimônia de posse em janeiro porque precisou viajar de urgência para uma nova operação em Cuba.

Apesar disso, a Suprema Corte da Venezuela decretou que ele continuava como presidente e poderia tomar posse em outro momento, o que enfureceu a oposição. Ele agora poderia tomar posse até mesmo no hospital.

A volta de Chávez ofuscou um debate nacional sobre a recente desvalorização da moeda local. A medida foi considerada muito impopular entre os venezuelanos, e os partidos de oposição tentaram relacioná-la como um sinal da incompetência econômica do governo.

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