Entre as centenas de pessoas que se reuniram para receber Chávez havia uma mistura de euforia e alívio por ver o presidente de volta (Agencia Brasil / Antonio Cruz)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2011 às 20h42.
Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, apareceu nesta segunda-feira diante de milhares de simpatizantes que o aguardavam eufóricos no palácio de governo, em Caracas, depois de seu retorno de Cuba, onde passou por uma cirurgia para a retirada de um câncer.
O chefe de Estado apareceu sorridente, vestido de militar e usando uma boina vermelha, levantando uma bandeira venezuelana diante de uma multidão agitada que entoou junto dele o hino nacional.
"Viva a Venezuela, viva a revolução bolivariana, viva o povo venezuelano. Viva a união da América Latina, viva Fidel, viva Cuba, viva a vida!", disse o chefe de Estado. "E viva Chávez!", completou.
Entre as centenas de pessoas que se reuniram para receber Chávez havia uma mistura de euforia e alívio por ver o presidente de volta.
"Uh, ah, Chávez não se vá", repetia a multidão.
Chávez, 56 anos, retornou a Caracas nesta segunda-feira de madrugada depois de passar mais de três semanas em Cuba, onde foi operado com êxito de um tumor cancerígeno na "região pélvica".
Bandeiras de Cuba, fotografias de Chávez e cartazes que davam as boas-vindas e se declarava apoio ao líder da revolução bolivariana multiplicavam-se. "Adiante comandante", "Te amamos, te queremos, até a vitória sempre", diziam os cartazes.
"Ele voltou com entusiasmo para dizer a seu povo que há Chávez para muito tempo. Até 2024", disse Roiman Navas, 38 anos.
"Agora que o vejo tenho força, porque ele é o espírito para que tenhamos força", completou Carmen García, totalmente vestida de vermelho.
O presidente, que não foi hospitalizado em seu regresso, confiou em seu pleno retorno à vida política, apesar de permanecerem as dúvidas sobre sua saúde.
Chávez, no poder desde 1999, é candidato de seu partido, o PSUV, para as eleições presidenciasi de 2012, quando aspira a um terceiro mandato de seis anos. A oposição ainda não elegeu seu candidato.