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Cerca de 50 corpos carbonizados são encontrados em Trípoli

Os moradores da área encontraram os corpos depois que os rebeldes assumiram o controle da base da 32ª Brigada, comandada pelo filho de Kadafi

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2011 às 20h02.

Trípoli - Os corpos carbonizados de cerca de 50 pessoas foram encontrados em uma prisão improvisada em uma base militar ao sul de Trípoli e abandonada neste sábado pelas forças leais ao coronel Muammar Kadafi, constatou um correspondente da AFP.

Os moradores da área encontraram os corpos depois que os rebeldes assumiram o controle da base da 32ª Brigada, comandada por Khamis, um dos filhos de Kadafi, ainda em paradeiro desconhecido, no distrito de Salahedin.

"Estou comovido, jamais imaginei que veria uma coisa assim na Líbia", declarou o médico Salim Rajub, testemunha da descoberta macabra. Ele especulou se os corpos não seriam de vítimas de um massacre executado na terça-feira passada.

"Em 23 de agosto, antes da ruptura do jejum (do Ramadã, ao anoitecer) escutamos disparos e gritos de socorro de pessoas, mas havia francoatiradores e ninguém conseguiu se aproximar", contou o médico.

"Estes homens foram assassinados com fuzis e granadas, e depois foram queimados", completou. Segundo os vizinhos o número de corpos encontrados pode ser de 50 a 53. A base da 32ª Brigada foi tomada neste sábado pelos rebeldes após um bombardeio da Otan.

Líbia: da guerra entre Kadafi e rebeldes à batalha por Trípoli

Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de julho, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque

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"Estou comovido, jamais imaginei que veria uma coisa assim na Líbia", declarou o médico Salim Rajub, testemunha da descoberta macabra. Ele especulou se os corpos não seriam de vítimas de um massacre executado na terça-feira passada.

"Em 23 de agosto, antes da ruptura do jejum (do Ramadã, ao anoitecer) escutamos disparos e gritos de socorro de pessoas, mas havia francoatiradores e ninguém conseguiu se aproximar", contou o médico.

"Estes homens foram assassinados com fuzis e granadas, e depois foram queimados", completou. Segundo os vizinhos o número de corpos encontrados pode ser de 50 a 53. A base da 32ª Brigada foi tomada neste sábado pelos rebeldes após um bombardeio da Otan.

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Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de julho, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque

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