Farc: os guerrilheiros chegaram em pelo menos uma dezena de caminhonetes, levando bandeiras brancas e da Colômbia (John Vizcaino / Reuters)
EFE
Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 15h32.
Bogotá - Cerca de 180 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) chegaram nesta terça-feira à região transitória de normalização de Caño Indio, no leste do país, um dos que estavam mais atrasados em sua construção e com um contexto de segurança mais complexo.
Os guerrilheiros chegaram em pelo menos uma dezena de caminhonetes, levando bandeiras brancas e da Colômbia, acompanhados de membros do Mecanismo de Monitoração e Verificação do cessar-fogo, entidade composta por observadores da ONU, polícia e das Farc.
"Confirmamos a chegada de integrantes das Farc à região de Caño Indio-Tibú, acompanhamos a transferência no Departamento do Norte de Santander", escreveu o Mecanismo de Monitoração e Verificação na conta oficial do órgão no Twitter.
Caño Índio é uma aldeia que faz parte do município de Tibú, inserido na tumultuada região do Catatumbo.
Por lá também atuam as guerrilhas do Exército da Libertação Nacional (ELN) e do Exército Popular de Libertação (EP), considerado pelo governo como uma organização dedicada ao narcotráfico, assim como outros grupos herdeiros dos paramilitares e contrabandistas.
Além disso, essa região de entrega de armas é uma das que estavam mais atrasadas na preparação para receber os guerrilheiros.
Essas áreas foram criadas como parte do acordo de paz assinada com o governo e as Farc no último dia 24 de novembro para encerrar o conflito.
Na semana passada, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse que já chegaram a essas regiões 6.300 membros das Farc, entre os quais 117 fazem parte do Mecanismo de Monitoração e Verificação e outros 543 estavam em movimento.