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Cepal: crise da dívida dos EUA ameaça reservas da América Latina

Reservas internacionais estão ameaçadas pelas dúvidas sobre a situação econômica dos Estados Unidos

Secretária-executiva do organismo, Alícia Bárcena, avalia que a demora em aprovar um limite para a dívida dos EUA "constitui ameaça sobre o sistema financeiro internacional" (Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2011 às 13h47.

Buenos Aires - As reservas internacionais dos países da América Latina e Caribe, com um acúmulo de mais de US$ 700 bilhões, estão ameaçadas pelas dúvidas sobre a dívida pública norte-americana. A advertência é da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). A secretária-executiva do organismo, Alícia Bárcena, avalia que a demora em aprovar um novo limite para o endividamento dos Estados Unidos "constitui uma ameaça sobre o sistema financeiro internacional que poderia ter um forte impacto no valor dos ativos, nas cotações de câmbio e no nível de atividade global e, portanto, na demanda pelos bens e serviços que a região produz e exporta".

Depois da China, a região da América Latina e Caribe, em seu conjunto, é o segundo maior detentor de ativos em dólares em suas reservas. Por isso, a Cepal observa com preocupação o debate nos EUA e pede às instituições do país que encontrem "o melhor caminho para que a economia mundial continue o difícil processo de recuperação da crise iniciada em 2007 e, assim, a região possa seguir crescendo e fechando as brechas sociais e produtivas".

Em nota distribuída à imprensa, a Cepal pondera que, em relação às crises anteriores, a região tem demonstrado estar mais bem preparada para enfrentar uma deterioração do cenário internacional. No entanto, a ausência de um acordo para resolver o problema da dívida pública norte-americana "coloca em grave risco a resiliência e o crescimento da região".

A Cepal ressalta que os EUA são o principal sócio econômico da região e sua importância é ainda maior para o México e países da América Central e Caribe. "Uma porcentagem muito significativa dos fluxos financeiros e de investimento vem dos EUA. A maior parte das remessas que aliviam a situação de muitos lares pobres de nossa região é resultado do trabalho de latino-americanos e caribenhos na economia norte-americana", detalhou.

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Depois da China, a região da América Latina e Caribe, em seu conjunto, é o segundo maior detentor de ativos em dólares em suas reservas. Por isso, a Cepal observa com preocupação o debate nos EUA e pede às instituições do país que encontrem "o melhor caminho para que a economia mundial continue o difícil processo de recuperação da crise iniciada em 2007 e, assim, a região possa seguir crescendo e fechando as brechas sociais e produtivas".

Em nota distribuída à imprensa, a Cepal pondera que, em relação às crises anteriores, a região tem demonstrado estar mais bem preparada para enfrentar uma deterioração do cenário internacional. No entanto, a ausência de um acordo para resolver o problema da dívida pública norte-americana "coloca em grave risco a resiliência e o crescimento da região".

A Cepal ressalta que os EUA são o principal sócio econômico da região e sua importância é ainda maior para o México e países da América Central e Caribe. "Uma porcentagem muito significativa dos fluxos financeiros e de investimento vem dos EUA. A maior parte das remessas que aliviam a situação de muitos lares pobres de nossa região é resultado do trabalho de latino-americanos e caribenhos na economia norte-americana", detalhou.

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