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CCJ adia mais uma vez a PEC do comércio eletrônico

O presidente da CCJ decidiu que, na próxima quarta-feira, o requerimento será o primeiro item da pauta

A PEC privilegia com a maior fatia do ICMS da transação comercial, o Estado onde mora o comprador da mercadoria (Divulgação)

A PEC privilegia com a maior fatia do ICMS da transação comercial, o Estado onde mora o comprador da mercadoria (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2012 às 12h47.

Brasília - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou, pela segunda vez, a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera as regras de tributação para o comércio eletrônico. Nesta quarta-feira, o líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL), que é o relator, leu o seu parecer que privilegia com a maior fatia do ICMS da transação comercial, o Estado onde mora o comprador da mercadoria.

Atualmente, não há qualquer regra para o comércio eletrônico. Na prática, os recursos tributários ficam todos com o Estado vendedor. O substitutivo de Calheiros também engloba as transações não presenciais, como as operações realizadas por televendas.

O peemedebista reuniu em um só texto três propostas apresentadas sobre o mesmo tema. Por isso, o presidente da CCJ, Eunício Oliveira (PMDB-CE), deu novo prazo para os integrantes da comissão avaliarem o novo parecer.

Renan propõe que a diferença entre a alíquota do ICMS interno e o do interestadual ficará para o Estado destinatário da mercadoria ou bem - aproximadamente 60%. Um exemplo é que na venda feita por São Paulo os Estados destinatários ficariam com 10% do imposto recolhido. São Paulo, pela nova regra, recolheria 7%.

O líder do PMDB destacou no seu parecer que a lógica do comércio eletrônico será a mesma do comércio presencial. "É preciso frisar que a nossa Constituição carrega um dos objetivos da República Federativa do Brasil, que é reduzir as desigualdades regionais", afirmou.

Durante os debates, os três senadores da bancada paulista, o tucano Aloysio Nunes Ferreira e os petistas Marta Suplicy e Eduardo Suplicy, apresentaram um requerimento para a realização de audiência pública sobre o assunto. O Estado será o maior prejudicado com a eventual mudança na forma de tributação. Eles querem ouvir, entre outros, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, o consultor tributário Amir Khair e o secretário de Fazenda de São Paulo, Andrea Calabi.

O presidente da CCJ decidiu que, na próxima quarta-feira, o requerimento será o primeiro item da pauta. Se for rejeitado, a PEC irá à votação.

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