Cazaquistão persegue papel de aliado pacífico dos EUA
ÀS SETE - Presidente do Cazaquistão visita os Estados Unidos em uma viagem de três dias, onde será recebido pelo presidente americano Donald Trump
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 06h26.
Última atualização em 16 de janeiro de 2018 às 07h45.
O presidente do Cazaquistão , Nursultan Nazarbayev, será recebido nesta terça-feira na Casa Branca pelo presidente americano, Donald Trump.
A viagem aos Estados Unidos vai durar três dias, e terá seu encerramento na quinta-feira, quando o Cazaquistão assumirá a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, a ser exercida por um mês.
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Durante o encontro com Trump, as conversas devem se concentrar num explosivo vizinho cazaque, o Afeganistão, ainda sede de células atuantes do Estado Islâmico.
Por lá, o Cazaquistão atua como aliado americano, oferecendo passagem no trânsito aéreo para algumas missões e investindo na educação de crianças em cidades arrasadas pela guerra.
O Cazaquistão assumiu um papel importante na articulação regional, o que fez com que se tornasse a sede das rodadas de paz sobre a Síria.
No Conselho de Segurança da ONU, vai liderar conversas sobre a não proliferação de armas de destruição em massa. O país despontou na Ásia Central como país promotor da paz e do desarmamento nuclear.
Ambição não falta. No início deste ano, o presidente Nazarbayev disse que o país tem todas as condições de figurar entre os 30 mais desenvolvidos do mundo, e quer participar da quarta revolução industrial.
Nos planos estão o aumento da produtividade a partir de novas tecnologias, investimentos em infraestrutura, reforço do setor financeiro, combate à corrupção, atração de turistas.
Nazarbayev defende a modernidade em meio ao atraso e, para isso, tem tentado transformar a capital do país, Astana, fundada em 1997, numa espécie de Dubai, com alguns dos prédios mais modernos, e excêntricos, do planeta.
O presidente comanda o país desde o desmantelamento da União Soviética, e é acusado de perseguir oposição e de atuar como mão de ferro.
O discurso, e a arquitetura, podem ser modernas, mas Nazarbayev é mais um dos ex-líderes soviéticos com excessivo apego ao poder, tal qual o russo Vladimir Putin. Sinal de que a conversa com Trump tende a ser amistosa.