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Cazaquistão encoraja redução de abismo entre ricos e pobres

Presidente do país, Nursultan Nazarbayev, pediu aliança entre os países para lutar contra a pobreza


	Vista aérea de Almaty, no Cazaquistão: "não se pode encontrar soluções individuais em um mundo global," disse presidente
 (Gabriela Maj/Bloomberg)

Vista aérea de Almaty, no Cazaquistão: "não se pode encontrar soluções individuais em um mundo global," disse presidente (Gabriela Maj/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2014 às 18h10.

Astana - O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, pediu nesta sexta-feira uma aliança entre os países para lutar contra a pobreza e impedir que a "brecha entre ricos e pobres seja cada dia maior", já que esse não é um problema exclusivo dos países emergentes.

"Há países da Europa, como Reino Unido, Alemanha, Espanha e Itália, que estão vivendo esta situação", disse ele durante a VII Edição do Fórum Econômico de Astana.

No encerramento discursaram o ex-presidente da Bulgária, Petar Stoyanov; o presidente do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, Martin Sajdik; e o fundador do banco Grameen e diretor da fundação que leva seu nome, Muhammad Yunus.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se comunicou com os presentes através de uma vídeo-conferência, e compartilhou da ideia de erradicação da pobreza.

Ele assegurou que a ONU elaborará a agenda de 2015 em função desta necessidade global para contribuir para criar "uma sociedade mais justa para todos os habitantes do planeta."

Nazarbayev também instou aos países a "desenhar medidas que contribuam para finalizar com a crise mundial que gera tensões sociais e evitar assim uma possível confronto."

O presidente afirmou que o conflito da Ucrânia deve ser resolvido, segundo suas palavras, "dentro da legalidade vigente", e assinalou que seu já havia se posicionado contra as soluções bilaterais pois geram um precedente muito perigo.

"Não se pode encontrar soluções individuais em um mundo global," ponderou.

Muhammad Yunus, que também é prêmio Príncipe de Astúrias por seu trabalho a favor dos mais necessitados, defendeu o microcrédito como uma solução para erradicar a pobreza. Ele afirmou que 90% das solicitações de microcréditos são de mulheres que "sempre os pagam."

"O funcionamento dos microcréditos fazem circular o dinheiro, ajudam a sair da pobreza e dão a possibilidade de formar os mais jovens. A sociedade capitalista impede o desenvolvimento dos mais necessitados", disse o economista.

Yunus afirmou que erradicar a pobreza é possível e que esta teria que "estar nos museus."

O presidente do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, Martin Sajdik, defendeu a responsabilidade coletiva e individual dos estados.

"Temos que aprender a nos integrar, a trabalharmos juntos. A interdependência deve ser interpretada positivamente. No entanto, embora as ideias se coloquem de uma forma conjunta, cada país tem que aplicá-las em função de suas prioridades", assegurou.

A VII edição do Fórum Econômico de Astana reuniu durante três dias mais de 10 mil participantes de mais de 150 países.

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