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Catar: acordo de trégua de Hamas e Israel está próximo

Segundo fontes do Hamas, os dois movimentos aceitaram um acordo que terão os detalhes anunciados pelo Catar e os mediadores

Israel-Hamas: primeiro-ministro do Catar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, disse no domingo que um acordo para libertar alguns dos reféns em troca de um cessar-fogo temporário depende de questões práticas "menores" (Mohammed Zanoun/Getty Images)

Israel-Hamas: primeiro-ministro do Catar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, disse no domingo que um acordo para libertar alguns dos reféns em troca de um cessar-fogo temporário depende de questões práticas "menores" (Mohammed Zanoun/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 21 de novembro de 2023 às 08h43.

Última atualização em 21 de novembro de 2023 às 08h49.

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse, nesta terça-feira, 21, que o movimento islamista está perto de chegar a um acordo de trégua na guerra com Israel, segundo um comunicado publicado no Telegram.

"Estamos perto de alcançar um acordo para uma trégua", declarou Haniyeh, segundo a postagem.

Segundo fontes do Hamas e da Jihad Islâmica, outro grupo armado palestino, os dois movimentos aceitaram um acordo que terão os detalhes anunciados pelo Catar e os mediadores. Israel não reagiu até o momento às declarações.

Negociadores têm trabalhado para fechar um acordo que permita a libertação dos cerca de 240 reféns, a maioria israelenses, sequestrados em 7 de outubro, durante o ataque mais mortal da história de Israel.

Combatentes do Hamas também mataram cerca de 1.200 pessoas durante a incursão ao território israelense, a maioria civis.

Em retaliação ao ataque, Israel lançou um bombardeio incessante contra a Faixa de Gaza e uma ofensiva terrestre, prometendo derrotar o Hamas e assegurar a libertação dos reféns.

Segundo o governo do Hamas, no poder em Gaza, a guerra matou mais de 13.300 palestinos, milhares deles crianças.

O Catar, onde o Hamas tem um escritório político e Haniyeh está baseado, media intensas negociações.

Catar, Egito e Estados Unidos trabalham em um acordo para tentar libertar os reféns sequestrados pelo Hamas em troca de uma trégua para a cercada e devastada Faixa de Gaza.

Libertação de reféns

O primeiro-ministro do Catar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, disse no domingo que um acordo para libertar alguns dos reféns em troca de um cessar-fogo temporário depende de questões práticas "menores".

"Nunca estivemos tão perto de um acordo", afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby. "Estamos confiantes. Mas ainda resta trabalho por fazer".

Na segunda-feira, o presidente americano, Joe Biden, disse, em Washington, acreditar que um acordo para libertar os reféns estava próximo.

"Eu acredito que sim", disse Biden, ao ser perguntado a respeito. Em seguida, o presidente cruzou os dedos em sinal de esperança em um desfecho positivo.

Duas fontes próximas das negociações disseram à AFP que um acordo provisório inclui uma trégua de cinco dias, que implicaria em um cessar-fogo no terreno e limites às operações aéreas de Israel no sul de Gaza.

Em contrapartida, entre 50 e 100 reféns mantidos pelo Hamas e pela Jihad Islâmica - outro grupo de militantes palestinos - seriam libertados.

Entre estes estariam civis israelenses e de outras nacionalidades, mas não pessoal militar.

Segundo a proposta de acordo, cerca de 300 palestinos seriam libertados de prisões israelenses, entre eles mulheres e crianças.

Negociações com a Casa Branca

A Casa Branca informou que as negociações se encontravam em um estágio de "finalização", mas se recusou a revelar mais detalhes para não comprometer um resultado bem-sucedido.

Separadamente, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou na segunda-feira que sua presidente, Mirjana Spoljaric, viajou ao Catar para se reunir com Haniyeh "para avançar em questões humanitárias relacionadas com o conflito armado em Israel e Gaza".

Em um comunicado, a organização sediada em Genebra informou que continuava "a apelar pela proteção urgente de todas as vítimas do conflito e pelo alívio da situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza".

Também disse que "pediu persistentemente a libertação imediata dos reféns".

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